Empresa cria sistema inovador para treinamento em segurança
Com a aproximação da Copa do Mundo e dos Jogos Olímpicos, o efetivo de segurança no Brasil aumentará consideravelmente. Uma solução desenvolvida pela empresa paulista Cientistas para treinar esses profissionais é o TIS - Treinamento Interativo de Segurança. O sistema utiliza comandos de voz, interatividade com cenários em 3D e disparo a laser com arma de fogo real para treinar os profissionais. É o primeiro do Brasil a usar essa tecnologia a um preço acessível para o mercado.
O produto é voltado para todos que trabalham na área, como seguranças particulares, vigilantes e policiais civis e militares. “O sistema mais próximo do TIS comercializado hoje no país é importado e custa quase 20 vezes mais”, explica Antônio Valerio, diretor da Cientistas. Com o financiamento da FINEP de aproximadamente R$ 500 mil, por meio do programa de Subvenção Econômica, foi possível criar o programa, que será comercializado a partir de junho.
O sistema busca transportar os usuários para uma realidade mais próxima do cotidiano de trabalho, com cenários adaptados conforme a área de atuação do profissional. O TIS já está sendo utilizado para treinamento da Polícia Militar de São Paulo, que possui um efetivo de 90 mil policiais, e em uma empresa de treinamento de seguranças particulares, que forma 25 mil pessoas por ano.
A ideia de criar o sistema para a área de segurança surgiu em 2003, depois de uma pesquisa de três anos, em que foi estudada a melhor maneira do mercado absorver a tecnologia desenvolvida. A empresa já tinha experiência em criar simuladores para tratamentos de fobias e treinamento para manuseio de equipamentos.
Com o TIS, cada usuário possui um cadastro, e seu desempenho pode ser avaliado gradativamente. Outra inovação é o uso de comandos de voz durante o treinamento, que segue três passos, como numa abordagem real. Primeiro é a presença do profissional, como ele deve se colocar. Em seguida é treinada a verbalização e, por último, o uso da arma. São essas atitudes anteriores ao disparo que fazem com que o produto não seja um simulador clássico. “O treinamento é feito para que se utilize cada vez menos a arma”, diz Valerio.
Segundo o empreendedor, é preciso desenhar um produto inovador conforme a demanda do mercado. “Não adianta criar um produto se ele não pode ser democratizado, e o nosso objetivo é ajudar no aperfeiçoamento da segurança pública e privada”. Ele ressalta a importância da FINEP para a inovação do Brasil. “A FINEP nos dá a oportunidade de criar algo que um investidor privado não apoiaria, por exemplo. Ela investe em projetos com potencial para melhorar o país”.
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