Caro Sr Francisco Ferro,
Primeiro gostaria de cumprimentá-lo pela qualidade que Tecnologia e Defesa proporciona a cerca dos debates envolvendo a aérea de segurança pública, trazendo ao alcance de todos os leitores e que há de melhor em meios e estratégia para o combate à violência,
Mas não pude me furtar a comentar a entrevista concedida pelo Coronel PMESP Álvaro Batista Camilo, atual Comandante Geral.
Não é com estranheza que recebemos está publicação da edição suplementar de nº 4. Nela ele faz uma analise a cerca de qual comportamento deveriam ter as Guardas Municipais. Lógico que ele não está de todo errado. Criar uma Guarda com o único intuito de realizar as atividades de competência das polícias militares, também condenamos e nisso concordamos plenamente.
As Guardas possuem uma gama de atividades a serem realizadas e que se bem feitas, podem contribuir em muito com a criação de um ambiente social muito mais resistente às investidas da violência. Dentre estas podemos destacar a proteção dos serviços municipais como as escolas, as unidades de saúde e a proteção dos serviços de transporte, seja a proteção propriamente dita, seja a fiscalização dos executores destes serviços, como vans, taxis e ônibus.
Até aqui há concordância com o ponto de vista do Coronel Camilo, porém divergimos drasticamente quando o assunto é COMO a Guarda Municipal irá executar tal tarefa. Há na fala do Comandante uma referência ao uso de viaturas por parte das Guardas, pois bem nós defendemos que, qualquer agente de segurança pública deve ter acesso ao que há de melhor em meios para dar cumprimento à sua função. Isso nada mais é que dar qualidade aos serviços prestados. Imaginemos a PM Paulista sem o grupamento aéreo. Sem os Águias. Com seria se fosse levada ao pé da letra as normas instituídas? Todas as aeronaves operacionais deveriam ser somente de uso da Força Aérea, vide o embate entre esta e a Marinha do Brasil quando da aquisição dos caças A4 para equipar o porta aviões São Paulo. Ou seja, seria um caos se para toda ocorrência a PM tivesse que solicitar uma aeronave da Força Aérea.
Mas o que nos parece pior é querer impor uma norma de atuação que fere a própria lei do país. O código de processo penal (CPP) é bem claro neste sentido, e se ainda nos alicerçarmos em acórdãos do STJ, em que os Ministros daquela Corte são enfáticos em ratificar as prisões realizadas por Guardas Municipais em flagrante delito, vemos quão distorcida está essa análise.
A Constituição Federal define as competências dos órgãos de segurança pública elencados no artigo 144, e é tão clara quanto o CPP. Isso faz com que a PM Paulista a golpeie de morte quando utiliza parte de seu efetivo em serviços conhecidos como “reservado”. O parágrafo 5º do mesmo artigo diz que “cabe às polícias militares o policiamento ostensivo”, Não há possibilidade de esta ação ser facultativa, todos os policiais militares, sem exceção, devem usar os uniformes regulamentares, deixando o trabalho velado para os Policiais Civis. Outra “usurpação” é a repressão ao trafico de entorpecentes. O parágrafo 1º inciso II do mesmo artigo da CF deu essa tarefa como atribuição da Policia Federal, ou seja, é uma competência da Polícia Federal.
Se aplicarmos as mesmas justificativas quanto às prisões realizadas pelas Guardas, podemos dizer que as PM não possuem o “Poder de Polícia” para prender traficantes, e só as fazem, pois qualquer do povo pode prender em flagrante e logo os policiais militares também podem. Neste mister, assim como a PM, as Guardas e a sociedade não podem esperar uma redefinição da legislação quando o fato está no calor dos acontecimentos e só resta a ambas agirem, mesmo quando a lei maior não define aquela atuação originalmente como sua..
Outro ponto de divergência é quando o Próprio Coronel cita as desigualdades de investimentos em cidades onde há um contingente superior das Guardas em relação ao da Polícia Militar. Nestas cidades os Prefeitos são forçados, por pressão popular, a dar meios de trabalho, tanto a Polícia Civil quanto a Militar, construindo instalações, provendo infra-estrutura, comprando equipamentos quando não pagando gratificações para complementar os baixos salários dos Policiais. Se há deficiência do Estado em suprir as necessidades nestas cidades, que o Estado reequilibre seus próprios recursos e cumpra com as suas atribuições constitucionais.
Quanto ao mau uso das Guardas, entendemos que é dever de todo brasileiro, fiscalizar os recursos públicos e se em qualquer cidade as Guardas estiverem abandonando as escolas municipais, a proteção dos bens serviços e instalações para se dedicarem única e exclusivamente às atribuições da PM cabem sim denuncia ao MP.
O que não podemos aceitar é a velha política do “faça o que eu mando, mas não faça o eu faço!
Mauricio Villar
GCM de São Paulo
Presidente da UNGCM-União Nacional dos Guardas Civis Municipais do Brasil
Prezado Mauricio
Agradecemos o seu e-mail, suas palavras, e as considerações sobre a entrevista do coronel PM Alvaro Batista Camilo.
Esta questão das guardas civis municipais tem chamado a nossa particular atenção há tempos pois em nossa visão pessoal essas organizações poderiam ser muito melhor aproveitadas e, chegaríamos, inclusive, conforme alguns critérios técnicos, utilizá-las em substituição à própria PM em cidades de determinadas dimensões e complexidades não tão expressivas, liberando, assim, o efetivo policial-militar para emprego em grandes regiões metropolitanas, por exemplo, e complementando-o, de modo mais eficaz, em outros casos.
Foi com esse intuito, de levar a discussão para este ponto, que formulamos a pergunta ao coronel PM Camilo.
De qualquer modo, para o nosso segundo número de Tecnologia & Defesa - Segurança - série cujo objetivo encontra-se explanado em nosso editorial - estamos convidando o comandante Gilson, da Guarda Civil Municipal de Osasco, e um líder do setor, a expor as suas ideias a respeito do emprego dessas valiosas instituições.
Desejando a vc. e seus companheiros de todo o Brasil um excelente 2011, estamos aqui sempre à disposição.
Atenciosamente
Francisco Ferro
Editor-Chefe
Diretor-Presidente
Tecnologia & Defesa
quinta-feira, 30 de dezembro de 2010
domingo, 26 de dezembro de 2010
Ministério da Justiça divulga pesquisas sobre tráfico de armas no Brasil
Ministério da Justiça divulga pesquisas sobre tráfico de armas no Brasil
20 de dezembro de 2010 - O ministro da Justiça, Luiz Paulo Barreto, divulgou nesta segunda-feira 20, o resultado de pesquisas realizadas pelo Viva Rio, em parceria com a Subcomissão de Armas do Congresso Nacional, sobre o Mapa do Tráfico Ilícito de Armas no Brasil e o Ranking dos Estados no Controle de Armas. As pesquisas foram apoiadas pelo PRONASCI, do Ministério da Justiça.
De acordo com os dados levantados, quase metade das armas que circulam no Brasil é ilegal - 7,6 milhões de um total de 16 milhões de armas. As pesquisas também revelam que o Brasil é "campeão mundial em números absolutos por morte de arma de fogo, com 34.300 homicídios por ano".
Outra revelação é que de cada dez armas apreendidas no país, oito são de fabricação nacional, o que desmitifica a idéia de que a maioria das armas é estrangeira.
Das armas que vêm de fora, 59,2% vêm dos Estados Unidos, 16,7% da Argentina, 6,9% da Espanha, 6,4% da Alemanha e 4,1% vêm da Bélgica. Ainda de acordo com as pesquisas, a falta de controle de armas por parte dos Estados é o fator que mais contribui para a violência urbana.
Os estudos visam orientar o governo sobre onde investir para a melhoria do controle de armas e munições nos Estados, e auxiliar os governos estaduais no aperfeiçoamento de suas políticas de segurança voltadas para o combate ao tráfico ilícito de armas e dos desvios de armas das corporações policiais.
Segundo o coordenador da pesquisa, Antonio Rangel, "esse estudo pioneiro sobre o obscuro universo das armas derruba vários mitos, como o foco exclusivo nas armas ilegais, quando cerca de 30% das armas apreendidas pelas polícias tinham sido legalmente registradas e vendidas, antes de mergulharem no crime". Na ocasião também foram lançados simultaneamente quatro livros e dois relatórios, que reúnem as seguintes pesquisas:
- Seguindo a Rota das Armas: Desvio, Comércio e Tráfico Ilícitos, que a partir da análise de 288 mil informações sobre armas, aponta a procedência, a proporção e o tipo das armas estrangeiras e brasileiras apreendidas na ilegalidade;
- Estoques e Distribuição de Armas no Brasil: Revela o universo global das armas que circulam no país, por setor de atividade, distinguindo o mercado legal do ilegal, além de estudar o impacto das campanhas de recadastramento de armas e de desarmamento na segurança pública;
- Rastreamento das Armas Apreendidas nos Estados Brasileiros, analisa informações sobre 340 mil armas, apontando os principais canais de desvio para a criminalidade, e desvenda a rota das armas que foram vendidas legalmente em determinados Estados e que foram apreendidas ilegalmente em outros;
- Ranking dos Estados no Controle de Armas, divulgado em sua versão preliminar há um ano, é apresentado agora em sua versão final, comparando a posição de cada governo estadual quanto à gestão de informações e ao controle de armas, destacando os melhores e os piores governos, além de traçar um quadro de grande deficiência da maioria dos depósitos de armas existentes no país;
- Manual de Rastreamento de Armas e Cartilha Básica para Rastreamento de Munições: Duas publicações para treinamento de policiais e técnicos na classificação e rastreamento de armas e munições, últimas obras produzidas por Pablo Dreyfus, especialista do Viva Rio que faleceu ano passado no acidente do avião da Air France, que desapareceu no mar no vôo rumo à Paris.
20 de dezembro de 2010 - O ministro da Justiça, Luiz Paulo Barreto, divulgou nesta segunda-feira 20, o resultado de pesquisas realizadas pelo Viva Rio, em parceria com a Subcomissão de Armas do Congresso Nacional, sobre o Mapa do Tráfico Ilícito de Armas no Brasil e o Ranking dos Estados no Controle de Armas. As pesquisas foram apoiadas pelo PRONASCI, do Ministério da Justiça.
De acordo com os dados levantados, quase metade das armas que circulam no Brasil é ilegal - 7,6 milhões de um total de 16 milhões de armas. As pesquisas também revelam que o Brasil é "campeão mundial em números absolutos por morte de arma de fogo, com 34.300 homicídios por ano".
Outra revelação é que de cada dez armas apreendidas no país, oito são de fabricação nacional, o que desmitifica a idéia de que a maioria das armas é estrangeira.
Das armas que vêm de fora, 59,2% vêm dos Estados Unidos, 16,7% da Argentina, 6,9% da Espanha, 6,4% da Alemanha e 4,1% vêm da Bélgica. Ainda de acordo com as pesquisas, a falta de controle de armas por parte dos Estados é o fator que mais contribui para a violência urbana.
Os estudos visam orientar o governo sobre onde investir para a melhoria do controle de armas e munições nos Estados, e auxiliar os governos estaduais no aperfeiçoamento de suas políticas de segurança voltadas para o combate ao tráfico ilícito de armas e dos desvios de armas das corporações policiais.
Segundo o coordenador da pesquisa, Antonio Rangel, "esse estudo pioneiro sobre o obscuro universo das armas derruba vários mitos, como o foco exclusivo nas armas ilegais, quando cerca de 30% das armas apreendidas pelas polícias tinham sido legalmente registradas e vendidas, antes de mergulharem no crime". Na ocasião também foram lançados simultaneamente quatro livros e dois relatórios, que reúnem as seguintes pesquisas:
- Seguindo a Rota das Armas: Desvio, Comércio e Tráfico Ilícitos, que a partir da análise de 288 mil informações sobre armas, aponta a procedência, a proporção e o tipo das armas estrangeiras e brasileiras apreendidas na ilegalidade;
- Estoques e Distribuição de Armas no Brasil: Revela o universo global das armas que circulam no país, por setor de atividade, distinguindo o mercado legal do ilegal, além de estudar o impacto das campanhas de recadastramento de armas e de desarmamento na segurança pública;
- Rastreamento das Armas Apreendidas nos Estados Brasileiros, analisa informações sobre 340 mil armas, apontando os principais canais de desvio para a criminalidade, e desvenda a rota das armas que foram vendidas legalmente em determinados Estados e que foram apreendidas ilegalmente em outros;
- Ranking dos Estados no Controle de Armas, divulgado em sua versão preliminar há um ano, é apresentado agora em sua versão final, comparando a posição de cada governo estadual quanto à gestão de informações e ao controle de armas, destacando os melhores e os piores governos, além de traçar um quadro de grande deficiência da maioria dos depósitos de armas existentes no país;
- Manual de Rastreamento de Armas e Cartilha Básica para Rastreamento de Munições: Duas publicações para treinamento de policiais e técnicos na classificação e rastreamento de armas e munições, últimas obras produzidas por Pablo Dreyfus, especialista do Viva Rio que faleceu ano passado no acidente do avião da Air France, que desapareceu no mar no vôo rumo à Paris.
sábado, 18 de dezembro de 2010
GCM adota o Método Giraldi "para preservação da vida"
GCM adota o Método Giraldi "para preservação da vida"
A Guarda Civil Metropolitana de São Paulo teve doze dos seus integrantes formados como instrutores do "Metodo Giraldi", curso realizado entre 13 a 17 de setembro, das 8 às 17 horas, na Escola Superior de Soldados da Policia Militar, em Pirituba, zona oeste da cidade. Receberam certificado concedido pelo autor do Metodo Giraldo.
O professor cel. Giraldi também cedeu a GCM os direitos autorais para que todos os cerca de 7 mil GCMs possam receber o credenciamento por meio da técnica. Os doze primeiros GCMs também serão agentes multiplicadores do metodo.
Em palestra na última sexta feira (17/09), no Edificio Matarazzo, o professor Giraldi, de forma bem humorada, deu ensinamentos preciosos e fáceis aos GCMs para amenizar e facilitar o trabalho tão perigoso e de tanta responsabilidade nas ruas, tanto para os policiais quanto os cidadãos.
“São dicas simples para ajudá-los no trabalho diário, na sua vida pessoal e de sua família. A fonte do policial comunitário é a humildade, os gestos de carinho, a educação para com os seus colegas, sua família e o cidadão”, finalizou o coronel replicando várias frases e pensamentos.
Após a palestra, foram entregues certificados de conclusão do curso. "O Curso de Tiro pelo Método Giraldi nos proporcionou resolver questões usando mais o diálogo e menos a arma”, contou o Inspetor Alberto (corregedoria), que possui formação em Direito.
O Secretário Municipal de Segurança Urbana, Edsom Ortega, que participou da mesa de autoridades, ao lado do Comandante-Geral, Joel Malta de Sá, do Chefe de Gabinete, Paulo Cesar Franco, do diretor - geral do Centro de Formação, Flávio Paulo Domingos Rosa, disse “estar satisfeito pela oportunidade da Guarda Civil Metropolitana ser capacitada pelo Método Giraldi, reconhecido no mundo todo como a melhor técnica de abordagem para preservar vidas e o respeito as pessoas”.
Conheça um pouco mais sobre Nilson Giraldi
O coronel da reserva da Polícia Militar Nilson Giraldi, tem 76 anos, é Professor e Educador. Especialista em Segurança Pública, faz parte do Corpo Docente do Centro de Aperfeiçoamento e Estudos Superiores da PMESP. Tem atuado como consultor, assessor e professor do Comitê Internacional da Cruz Vermelha; dos Direitos Humanos; Policiamento Comunitário; Secretaria Nacional de Segurança Pública (SENASP); Polícias (nacionais e internacionais, incluindo a PMESP).
A técnica
Com metodologia e apoio do “Comitê Internacional da Cruz Vermelha”, através de Comissão Especial Oficial, a técnica integra, de forma transversal, as “Sete Normas Internacionais de Direitos Humanos Aplicáveis à Função Policial e Função Policial Armada”; os “Princípios da Carta da ONU para o Assunto”; as “Diretrizes Internacionais de Direito Internacional dos Direitos Humanos” e as “Convenções e Tratados Internacionais” dos quais o Brasil é signatário.
O curso qualifica o policial a ter o posicionamento correto na utilização do armamento, a ter o condicionamento dos reflexos positivos com base no diálogo, sem tiros, bombas ou invasão e disparo só, em última instância, para legítima defesa ou cessar o risco de morte da vítima.
Pensamentos para reflexão
-Não tome decisões emocionadas!
-A família é o que há de mais importante. Tenha tempo para esposa e filhos.
-A ausência de um pai e de uma mãe é a porta de entrada para as drogas
-Serenidade em todos os momentos.
- Há três formas de amor: a palavra, o tato e o olhar. Portanto abrace seu filho, sua esposa e seus amigos.
-Sorria sempre!
-Elogie seu filho e seu subalterno quando possível.
- Não grite! Com seu filho ou seu subalterno. Troque o medo pelo respeito.
-Problemas no trabalho, não devem entrar no lar.
-Visite sempre seus pais, para não visitá-los no cemitério.
A Guarda Civil Metropolitana de São Paulo teve doze dos seus integrantes formados como instrutores do "Metodo Giraldi", curso realizado entre 13 a 17 de setembro, das 8 às 17 horas, na Escola Superior de Soldados da Policia Militar, em Pirituba, zona oeste da cidade. Receberam certificado concedido pelo autor do Metodo Giraldo.
O professor cel. Giraldi também cedeu a GCM os direitos autorais para que todos os cerca de 7 mil GCMs possam receber o credenciamento por meio da técnica. Os doze primeiros GCMs também serão agentes multiplicadores do metodo.
Em palestra na última sexta feira (17/09), no Edificio Matarazzo, o professor Giraldi, de forma bem humorada, deu ensinamentos preciosos e fáceis aos GCMs para amenizar e facilitar o trabalho tão perigoso e de tanta responsabilidade nas ruas, tanto para os policiais quanto os cidadãos.
“São dicas simples para ajudá-los no trabalho diário, na sua vida pessoal e de sua família. A fonte do policial comunitário é a humildade, os gestos de carinho, a educação para com os seus colegas, sua família e o cidadão”, finalizou o coronel replicando várias frases e pensamentos.
Após a palestra, foram entregues certificados de conclusão do curso. "O Curso de Tiro pelo Método Giraldi nos proporcionou resolver questões usando mais o diálogo e menos a arma”, contou o Inspetor Alberto (corregedoria), que possui formação em Direito.
O Secretário Municipal de Segurança Urbana, Edsom Ortega, que participou da mesa de autoridades, ao lado do Comandante-Geral, Joel Malta de Sá, do Chefe de Gabinete, Paulo Cesar Franco, do diretor - geral do Centro de Formação, Flávio Paulo Domingos Rosa, disse “estar satisfeito pela oportunidade da Guarda Civil Metropolitana ser capacitada pelo Método Giraldi, reconhecido no mundo todo como a melhor técnica de abordagem para preservar vidas e o respeito as pessoas”.
Conheça um pouco mais sobre Nilson Giraldi
O coronel da reserva da Polícia Militar Nilson Giraldi, tem 76 anos, é Professor e Educador. Especialista em Segurança Pública, faz parte do Corpo Docente do Centro de Aperfeiçoamento e Estudos Superiores da PMESP. Tem atuado como consultor, assessor e professor do Comitê Internacional da Cruz Vermelha; dos Direitos Humanos; Policiamento Comunitário; Secretaria Nacional de Segurança Pública (SENASP); Polícias (nacionais e internacionais, incluindo a PMESP).
A técnica
Com metodologia e apoio do “Comitê Internacional da Cruz Vermelha”, através de Comissão Especial Oficial, a técnica integra, de forma transversal, as “Sete Normas Internacionais de Direitos Humanos Aplicáveis à Função Policial e Função Policial Armada”; os “Princípios da Carta da ONU para o Assunto”; as “Diretrizes Internacionais de Direito Internacional dos Direitos Humanos” e as “Convenções e Tratados Internacionais” dos quais o Brasil é signatário.
O curso qualifica o policial a ter o posicionamento correto na utilização do armamento, a ter o condicionamento dos reflexos positivos com base no diálogo, sem tiros, bombas ou invasão e disparo só, em última instância, para legítima defesa ou cessar o risco de morte da vítima.
Pensamentos para reflexão
-Não tome decisões emocionadas!
-A família é o que há de mais importante. Tenha tempo para esposa e filhos.
-A ausência de um pai e de uma mãe é a porta de entrada para as drogas
-Serenidade em todos os momentos.
- Há três formas de amor: a palavra, o tato e o olhar. Portanto abrace seu filho, sua esposa e seus amigos.
-Sorria sempre!
-Elogie seu filho e seu subalterno quando possível.
- Não grite! Com seu filho ou seu subalterno. Troque o medo pelo respeito.
-Problemas no trabalho, não devem entrar no lar.
-Visite sempre seus pais, para não visitá-los no cemitério.
sábado, 11 de dezembro de 2010
Regulamentar as Guardas Municipais
Nossa constituição Federal de 1988 apesar de cidadã, foi resultado dos interesses e paixões de nossas classes política e de grupos dominantes, saindo de um período de governo militar ainda conseguiu colocar amarras no Art.144 da CF, violentando a ânsia contida no artigo 5º e 30 do vigente texto constitucionale, sucumbiu as paixões dominantes em razão da sorte.
Nossa constituição já nasceu violentando muitos princípios necessários ao progresso, regulamentações já se faz necessária à tempos e amarelam nas gavetas dos deputados, tirando do executivo municipal o direito de intervir em assuntos de interesse local, todavia isto só acontece por desconhecimento dos mesmos.
Todavia, embora as circunstâncias políticas da época fossem inadequadas, agora são ainda piores, pois mais de 100 mil agentes municipais passam por humilhações, chegando ao ridiculo de profissionais de segurança pública desinformado, com pessimo curso de direito e com segundas intenções, ameaçar Guardas Municipais com voz de prisão, agente este, pai de familia, cumprindo uma missão nobre como servidor público, agindo em excludente de ilicitude no "estrito cumprimento do dever legal" de modo que me causa estranheza a lentidão das autoridades quanto a necessidade de uma nova visão neste momento atual, cuja conjuntura política é a pior possível, as Guardas representam para muitos o loteamento de compêtencias, vaidades que prejudica os Guardas e a população.
A prudência nos obriga a tentar mudanças por intermédio de emendas constitucionais, se assim for possível, o melhor que se pode fazer neste momento é trabalharmos e mobilizar-mos a sociedade organizada, mostrando o descaso para com a causa.
Falar em regulamentar as Guardas Municipais com poder de policia administrativa é uma aberração, pois não se da as Guardas o que elas ja os tem, todo codigo de postura do municipio e art. 144, § 8º, ja nos pertence, basta apenas estarmos preparados e capacitados para tal missão. Quantas duvidas ainda teremos que sanar e convecer, ex: Art. 99 do vigente Código Civil, ali é claro quanto a definição de bens públicos de uso comum do povo, de uso especial ou dominicais. Bom lembrar que a Constituição Estadual de Minas e a Constituição Federal não fazem restrição à natureza do bem quando se refere à GUARDA MUNICIPAL. Não reza que a GUARDA MUNICIPAL é criada para proteger bens de uso especial ou dominical, apenas diz bens, portanto, abrangendo, bens públicos de uso comum do povo.
O Município tem competência para legislar sobre polícia administrativa de interesse local, isto ja esta passificado, quanto a questões de policiamento ostensivo nas ruas, se torna improcedente os questinamentos, pois ostensivo significa a mostra, até mesmo uma banda de musica na praça esta ostensiva, prisão em flagrante também esta pacificado.
Pois bem, novamente me causa estranheza, pois quem pode mais, pode menos, se o Guarda pode tirar a liberdade de uma pessoa, não pode em nome do Estado conduzir a mesma até a autoridade competente? Não se pode registrar uma nota crime? Não se pode dar fé pública em um boletim de ocorrência para preservação de direito? Ora! como agente de segurança pública em nome do Estado não só pode como tem obrigação de prestar tal serviço em beneficio da coletividade.
Quanto aos registros, notas crimes (BO), segundo lição de Fernando da Costa Tourinho Filho, "a função precípua da Polícia Civil consiste em apurar as infrações penais e a sua autoria. Cabe a policia Civil juntar todos os fatos suspeitos, recebe os avisos, as notícias, documento de corpo de delitos para comprovar a existência dos fatos criminosos, todos materiais de indícios e provas que pode conseguir, rastreia os delinqüentes, captura-os nos termos da lei para que a Justiça examine e julgue. Senador Romeu Tuma Lembra: policiamento ostensivo não tem exclusividade, o município tem obrigação em colaborar com a Segurança Pública.
O profissional que recusar receber um boletim de ocorrência de um Guarda Municipal ou tem segundas intenções ou fez um pessimo curso de direito.
Para refletir vejamos o renomado jurista Hely Lopes Meirelles: “A razão do Poder de Polícia é o interesse social e seu fundamento é a supremacia geral que o Estado exerce em seu território sobre as pessoas, bens e atividades, que se revela nos mandamentos constitucionais e nas normas de ordem pública, que a cada passo opõem condicionamentos e restrições aos direitos individuais em favor da coletividade, incumbindo ao Poder Público o seu policiamento administrativo”
No ambito criminal pode se verificar que o Poder de Polícia compete a Polícia Judiciária (Polícia Civil), que tem através de seus agentes a busca, a intenção de reprimir o ilícito penal, sua atuação visa conter os atos criminosos.
Quanto aos agentes da Guarda Municipal estes somente podem agir dentro da figura do flagrante delito, única forma de cerceamento de liberdade no Brasil, tal qual a Polícia Militar, ou por ordem judicial, como manda a Constituição.
A ação policial da Guarda é estritamente dentro da legalidade, a prisão em flagrante ocorre em 4 momentos a) captura do agente; b) condução coercitiva à autoridade policial; c) lavratura do auto de prisão em flagrante; d) encarceramento do agente, os dois primeiros momentos, a captura do agente e sua condução à Unidade Policial são atos legais, não configurando abuso de autoridade jamais, age o Guarda em nome do Estado no "estrito cumprimento do dever legal" portanto sua ação esta sobre a natureza jurídica de "causa excludente de ilicitude.
Se um Guarda Municipal embasado na legalidade, tiver privado sua liberdade por com voz de prisão de qualquer outro agente policial, este também poderá passar a preso o agente causador da privação de sua liberdade, apresentando nota crime ao Delegado de policia que é a autoridade com “PODER DE POLÍCIA SOBRE PESSOAS” , imputando a este a natureza de abuso de poder. Abuso de poder que causa um constrangimento ao Guarda e por isso passivo da ação para reparação de dano.
Delegado de policia que é a autoridade, quem ratifica uma autuação de trânsito é a autoridade de trãnsito, o Guarda não multa, apenas faz a notificação, quem ratificado a prisão é a autoridade Policial, portanto quaquer um policial civil ou militar é agente da autoridade.
vejamos, "Art. 301 - Qualquer do povo poderá e as autoridades policiais e seus agentes deverão prender quem quer que seja encontrado em flagrante delito" o Guarda municipal faz parte da segurança pública? Ele esta no capitulo que trata de segurança pública? Se consegue impor o poder dever do Estado sem utilizar o poder de policia? A polícia judiciária é exercida pela autoridade policiai? Se consegue fazer segurança em um evento, ou em praças, sem lidar com pessoas? Quem pode atentar contra um patrimônio Público, chuva? Vento? Questinamentos como estes esclarece a real compêtencia do policial municipal.
Não me resta duvida que o Guarda Municipal, como condutor da ocorrência de flagrante, mesmo que quisesse não poderia passar para outra instituição, pois se assim o fizesse anularia de pleno a prisão, qualquer advogado menos preparado que fosse anularia o flagrante, assim descumprimento totalmente o artigo 304 do CPC e com esta atitude estaria prevaricando de suas funções.
Vejamos Art. 304 - Apresentado o preso à autoridade competente, ouvirá esta o condutor e colherá, desde logo, sua assinatura, entregando a este cópia do termo e recibo de entrega do preso. Em seguida, procederá à oitiva das testemunhas que o acompanharem e ao interrogatório do acusado sobre a imputação que lhe é feita, colhendo, após cada oitiva suas respectivas assinaturas, lavrando, a autoridade, afinal, o auto.
Portanto não se descute, o Guarda Municipal é agente da autoridade, detendo o poder de polícia, e deve cumprir com o seu oficio, Guarda Municipal é o servidor público pago pelos cofres municipais e por conseqüência pelo munícipe que espera ser atendido nas ocorrências de cunho criminal de forma condizente não importando qual agente o atenda, se do Município ou Estado.
Falando em flagrante, bom lembrar quanto o Art. 244 CPP, busca pessoal, esta independerá de mandado, no caso de prisão ou quando houver fundada suspeita de que a pessoa esteja na posse de arma proibida ou de objetos ou papéis que constituam corpo de delito, ou quando a medida for determinada no curso de busca domicilio.
Somos constantemente questinado a respeito de busca pessoal, a busca sendo vinculada a figura da prisão em flagrante delito, deve ser feita, também na tentativa do ato criminoso, ou em sua decorrência, portanto a busca deve ter uma ligação com o flagrante, para que não seja considerada abusiva e ilegal, muitas correntes tem modos operantes de agir, mais Inexiste permissão para que um agente atue somente na suspeita.
O temo muito usado “fundada suspeita”, prevista no mesmo art. 244 do CPP, não pode fundar-se em parâmetros subjetivos, temos que separar bem o que suspeita ou fundada suspeita, o Guarda com elementos concretos realiza a revista, tomando sempre o cuidado em face do constrangimento que causa, pautadando pela legalidade.
Tenho percebido constantemente a insistencia em querer imputar a exclusividade do policiamento, vejamos Decreto-Lei n° 667, de 02 de Julho de 1969: "A Constituição Federal, diante da competência privativa da União para legislar sobre normas gerais de organização, efetivos, material bélico, garantias, convocação e mobilização das polícias militares constante no artigo 22, )0(1, do estatuto maior, encontra-se em vigor o artigo 3° do Decreto-Lei n° 667, de 02 de Julho de 1969, com a nova redação dada pelo Decreto-Lei n° 2.010, de 12 de janeiro de 1983, dispõe que compete às Policias Militares, no âmbito de suas respectivas jurisdições, executar com exclusividade, ressalvadas as missões peculiares das Forcas Armadas, o policiamento ostensivo, fardado, planejado pela autoridade competente (Comando da Polícia Militar), a fim de assegurar o cumprimento da lei, a manutenção da ordem publica e o exercício dos poderes constituídos."
Me causa novamente estranheza alguns quererem reviver o Decreto-Lei n° 667, elaborada sob a égide da constituição federal de 1969, analisando a historia da atual estrutura da segurança publica, percebemos o quanto ainda nós estamos sob o domínio, um decreto que a ditadura colocou e não tem espaço nos dias de hoje de executar, visto que a Constituição cidadã de 1988 atropelou esta exclusividade, o decreto 1072/69 da ditadura militar baseado no ato complementar 49 do Ato Institucional 5, extinguiu as Forças Civis ostensivas em todo o pais em 1969. Naquela epoca as polícias no Brasil eram civis e eram muito ostensivas e agiam com muita cautela sempre respeitando o cidadão, tanto que ganhou a confiança da população.
Hoje existe um abismo no entendimento "executar com exclusividade" referindo ao Decreto-Lei n° 667 e novo texto da Constituição. A CONFERÊNCIA NACIONAL DE SEGURANÇA PÚBLICA promovida pelo governo federal trouxe à luz a vontade do povoe o novo entendimento, e ta la as Guardas Municipais, não se pode pensar segurança pública sem municipio, instituições que fazem parte da rede de proteção social do municipio.
A realização da 1ª CONSEG foi uma oportunidade única. “Os municípios nunca foram chamados para contribuir com essa área, pois se tratava de um monopólio fechado, onde os municípios eram convidados apenas para o financiamento de órgãos estatais, na hora de participar das ações, os mesmos eram excluídos, segundo o entendimento que esse assunto não era de interesse local.
A nova Constituição Federal, com uma forte tendência municipalista, encoraja a criação das Guardas Municipais como mais um instrumento na prevenção da criminalidade. Os Municípios tem competências para se organizarem, o prefeito, por estar mais próximo da comunidade, é a autoridade pública que mais necessita adotar uma postura de conhecimento para garantir um convívio social pacífico. As Guardas Municipais devem estar regulamentadas, nos seus uniformes, equipamentos, distintivos, brasões, hinos, armamentos letais, menos letais e grupamentos, estatisticas e procedimentos se fazem necessario.
Devemos nos esforçar para vencer o dogmatismo que existe em cada um de nós, crenças, que nos colocam e são aceitas como verdades absolutas, sem a adoção de um processo de reflexão mais profundo, esta imposição contraria, mentiras ditas tantas vezes que viram verdades, esse modelo não pode ter a força, pois ele possibilita, entre outras coisas, o surgimento do preconceito, da divisão entre as pessoas, impededindo o surgimento desse Estado almejado.
As Guardas Municipais não querem e não podem aceitar a condição de meros figurantes.
Não existe Estado sem Policia, existe Estado sem Exercito, é sabido que a policia instituição não tem poder algum e sim o emanado pelo Estado, assim se completa a finalidade do Estado democratico de Direito, sendo o cidadão o objetivo de defesa do Estado, temos que educar e não adestrar. As Guardas estão na vida dos Mineiros a tempos conforme documento abaixo Decreto nº 23 de 10 de Julho de 1932, criando a Guarda Municipal de Mariana, sob ordens da autoridade local.
Mauricio Maciel, Comandante da Guarda Municipal de Varginha.
Nossa constituição já nasceu violentando muitos princípios necessários ao progresso, regulamentações já se faz necessária à tempos e amarelam nas gavetas dos deputados, tirando do executivo municipal o direito de intervir em assuntos de interesse local, todavia isto só acontece por desconhecimento dos mesmos.
Todavia, embora as circunstâncias políticas da época fossem inadequadas, agora são ainda piores, pois mais de 100 mil agentes municipais passam por humilhações, chegando ao ridiculo de profissionais de segurança pública desinformado, com pessimo curso de direito e com segundas intenções, ameaçar Guardas Municipais com voz de prisão, agente este, pai de familia, cumprindo uma missão nobre como servidor público, agindo em excludente de ilicitude no "estrito cumprimento do dever legal" de modo que me causa estranheza a lentidão das autoridades quanto a necessidade de uma nova visão neste momento atual, cuja conjuntura política é a pior possível, as Guardas representam para muitos o loteamento de compêtencias, vaidades que prejudica os Guardas e a população.
A prudência nos obriga a tentar mudanças por intermédio de emendas constitucionais, se assim for possível, o melhor que se pode fazer neste momento é trabalharmos e mobilizar-mos a sociedade organizada, mostrando o descaso para com a causa.
Falar em regulamentar as Guardas Municipais com poder de policia administrativa é uma aberração, pois não se da as Guardas o que elas ja os tem, todo codigo de postura do municipio e art. 144, § 8º, ja nos pertence, basta apenas estarmos preparados e capacitados para tal missão. Quantas duvidas ainda teremos que sanar e convecer, ex: Art. 99 do vigente Código Civil, ali é claro quanto a definição de bens públicos de uso comum do povo, de uso especial ou dominicais. Bom lembrar que a Constituição Estadual de Minas e a Constituição Federal não fazem restrição à natureza do bem quando se refere à GUARDA MUNICIPAL. Não reza que a GUARDA MUNICIPAL é criada para proteger bens de uso especial ou dominical, apenas diz bens, portanto, abrangendo, bens públicos de uso comum do povo.
O Município tem competência para legislar sobre polícia administrativa de interesse local, isto ja esta passificado, quanto a questões de policiamento ostensivo nas ruas, se torna improcedente os questinamentos, pois ostensivo significa a mostra, até mesmo uma banda de musica na praça esta ostensiva, prisão em flagrante também esta pacificado.
Pois bem, novamente me causa estranheza, pois quem pode mais, pode menos, se o Guarda pode tirar a liberdade de uma pessoa, não pode em nome do Estado conduzir a mesma até a autoridade competente? Não se pode registrar uma nota crime? Não se pode dar fé pública em um boletim de ocorrência para preservação de direito? Ora! como agente de segurança pública em nome do Estado não só pode como tem obrigação de prestar tal serviço em beneficio da coletividade.
Quanto aos registros, notas crimes (BO), segundo lição de Fernando da Costa Tourinho Filho, "a função precípua da Polícia Civil consiste em apurar as infrações penais e a sua autoria. Cabe a policia Civil juntar todos os fatos suspeitos, recebe os avisos, as notícias, documento de corpo de delitos para comprovar a existência dos fatos criminosos, todos materiais de indícios e provas que pode conseguir, rastreia os delinqüentes, captura-os nos termos da lei para que a Justiça examine e julgue. Senador Romeu Tuma Lembra: policiamento ostensivo não tem exclusividade, o município tem obrigação em colaborar com a Segurança Pública.
O profissional que recusar receber um boletim de ocorrência de um Guarda Municipal ou tem segundas intenções ou fez um pessimo curso de direito.
Para refletir vejamos o renomado jurista Hely Lopes Meirelles: “A razão do Poder de Polícia é o interesse social e seu fundamento é a supremacia geral que o Estado exerce em seu território sobre as pessoas, bens e atividades, que se revela nos mandamentos constitucionais e nas normas de ordem pública, que a cada passo opõem condicionamentos e restrições aos direitos individuais em favor da coletividade, incumbindo ao Poder Público o seu policiamento administrativo”
No ambito criminal pode se verificar que o Poder de Polícia compete a Polícia Judiciária (Polícia Civil), que tem através de seus agentes a busca, a intenção de reprimir o ilícito penal, sua atuação visa conter os atos criminosos.
Quanto aos agentes da Guarda Municipal estes somente podem agir dentro da figura do flagrante delito, única forma de cerceamento de liberdade no Brasil, tal qual a Polícia Militar, ou por ordem judicial, como manda a Constituição.
A ação policial da Guarda é estritamente dentro da legalidade, a prisão em flagrante ocorre em 4 momentos a) captura do agente; b) condução coercitiva à autoridade policial; c) lavratura do auto de prisão em flagrante; d) encarceramento do agente, os dois primeiros momentos, a captura do agente e sua condução à Unidade Policial são atos legais, não configurando abuso de autoridade jamais, age o Guarda em nome do Estado no "estrito cumprimento do dever legal" portanto sua ação esta sobre a natureza jurídica de "causa excludente de ilicitude.
Se um Guarda Municipal embasado na legalidade, tiver privado sua liberdade por com voz de prisão de qualquer outro agente policial, este também poderá passar a preso o agente causador da privação de sua liberdade, apresentando nota crime ao Delegado de policia que é a autoridade com “PODER DE POLÍCIA SOBRE PESSOAS” , imputando a este a natureza de abuso de poder. Abuso de poder que causa um constrangimento ao Guarda e por isso passivo da ação para reparação de dano.
Delegado de policia que é a autoridade, quem ratifica uma autuação de trânsito é a autoridade de trãnsito, o Guarda não multa, apenas faz a notificação, quem ratificado a prisão é a autoridade Policial, portanto quaquer um policial civil ou militar é agente da autoridade.
vejamos, "Art. 301 - Qualquer do povo poderá e as autoridades policiais e seus agentes deverão prender quem quer que seja encontrado em flagrante delito" o Guarda municipal faz parte da segurança pública? Ele esta no capitulo que trata de segurança pública? Se consegue impor o poder dever do Estado sem utilizar o poder de policia? A polícia judiciária é exercida pela autoridade policiai? Se consegue fazer segurança em um evento, ou em praças, sem lidar com pessoas? Quem pode atentar contra um patrimônio Público, chuva? Vento? Questinamentos como estes esclarece a real compêtencia do policial municipal.
Não me resta duvida que o Guarda Municipal, como condutor da ocorrência de flagrante, mesmo que quisesse não poderia passar para outra instituição, pois se assim o fizesse anularia de pleno a prisão, qualquer advogado menos preparado que fosse anularia o flagrante, assim descumprimento totalmente o artigo 304 do CPC e com esta atitude estaria prevaricando de suas funções.
Vejamos Art. 304 - Apresentado o preso à autoridade competente, ouvirá esta o condutor e colherá, desde logo, sua assinatura, entregando a este cópia do termo e recibo de entrega do preso. Em seguida, procederá à oitiva das testemunhas que o acompanharem e ao interrogatório do acusado sobre a imputação que lhe é feita, colhendo, após cada oitiva suas respectivas assinaturas, lavrando, a autoridade, afinal, o auto.
Portanto não se descute, o Guarda Municipal é agente da autoridade, detendo o poder de polícia, e deve cumprir com o seu oficio, Guarda Municipal é o servidor público pago pelos cofres municipais e por conseqüência pelo munícipe que espera ser atendido nas ocorrências de cunho criminal de forma condizente não importando qual agente o atenda, se do Município ou Estado.
Falando em flagrante, bom lembrar quanto o Art. 244 CPP, busca pessoal, esta independerá de mandado, no caso de prisão ou quando houver fundada suspeita de que a pessoa esteja na posse de arma proibida ou de objetos ou papéis que constituam corpo de delito, ou quando a medida for determinada no curso de busca domicilio.
Somos constantemente questinado a respeito de busca pessoal, a busca sendo vinculada a figura da prisão em flagrante delito, deve ser feita, também na tentativa do ato criminoso, ou em sua decorrência, portanto a busca deve ter uma ligação com o flagrante, para que não seja considerada abusiva e ilegal, muitas correntes tem modos operantes de agir, mais Inexiste permissão para que um agente atue somente na suspeita.
O temo muito usado “fundada suspeita”, prevista no mesmo art. 244 do CPP, não pode fundar-se em parâmetros subjetivos, temos que separar bem o que suspeita ou fundada suspeita, o Guarda com elementos concretos realiza a revista, tomando sempre o cuidado em face do constrangimento que causa, pautadando pela legalidade.
Tenho percebido constantemente a insistencia em querer imputar a exclusividade do policiamento, vejamos Decreto-Lei n° 667, de 02 de Julho de 1969: "A Constituição Federal, diante da competência privativa da União para legislar sobre normas gerais de organização, efetivos, material bélico, garantias, convocação e mobilização das polícias militares constante no artigo 22, )0(1, do estatuto maior, encontra-se em vigor o artigo 3° do Decreto-Lei n° 667, de 02 de Julho de 1969, com a nova redação dada pelo Decreto-Lei n° 2.010, de 12 de janeiro de 1983, dispõe que compete às Policias Militares, no âmbito de suas respectivas jurisdições, executar com exclusividade, ressalvadas as missões peculiares das Forcas Armadas, o policiamento ostensivo, fardado, planejado pela autoridade competente (Comando da Polícia Militar), a fim de assegurar o cumprimento da lei, a manutenção da ordem publica e o exercício dos poderes constituídos."
Me causa novamente estranheza alguns quererem reviver o Decreto-Lei n° 667, elaborada sob a égide da constituição federal de 1969, analisando a historia da atual estrutura da segurança publica, percebemos o quanto ainda nós estamos sob o domínio, um decreto que a ditadura colocou e não tem espaço nos dias de hoje de executar, visto que a Constituição cidadã de 1988 atropelou esta exclusividade, o decreto 1072/69 da ditadura militar baseado no ato complementar 49 do Ato Institucional 5, extinguiu as Forças Civis ostensivas em todo o pais em 1969. Naquela epoca as polícias no Brasil eram civis e eram muito ostensivas e agiam com muita cautela sempre respeitando o cidadão, tanto que ganhou a confiança da população.
Hoje existe um abismo no entendimento "executar com exclusividade" referindo ao Decreto-Lei n° 667 e novo texto da Constituição. A CONFERÊNCIA NACIONAL DE SEGURANÇA PÚBLICA promovida pelo governo federal trouxe à luz a vontade do povoe o novo entendimento, e ta la as Guardas Municipais, não se pode pensar segurança pública sem municipio, instituições que fazem parte da rede de proteção social do municipio.
A realização da 1ª CONSEG foi uma oportunidade única. “Os municípios nunca foram chamados para contribuir com essa área, pois se tratava de um monopólio fechado, onde os municípios eram convidados apenas para o financiamento de órgãos estatais, na hora de participar das ações, os mesmos eram excluídos, segundo o entendimento que esse assunto não era de interesse local.
A nova Constituição Federal, com uma forte tendência municipalista, encoraja a criação das Guardas Municipais como mais um instrumento na prevenção da criminalidade. Os Municípios tem competências para se organizarem, o prefeito, por estar mais próximo da comunidade, é a autoridade pública que mais necessita adotar uma postura de conhecimento para garantir um convívio social pacífico. As Guardas Municipais devem estar regulamentadas, nos seus uniformes, equipamentos, distintivos, brasões, hinos, armamentos letais, menos letais e grupamentos, estatisticas e procedimentos se fazem necessario.
Devemos nos esforçar para vencer o dogmatismo que existe em cada um de nós, crenças, que nos colocam e são aceitas como verdades absolutas, sem a adoção de um processo de reflexão mais profundo, esta imposição contraria, mentiras ditas tantas vezes que viram verdades, esse modelo não pode ter a força, pois ele possibilita, entre outras coisas, o surgimento do preconceito, da divisão entre as pessoas, impededindo o surgimento desse Estado almejado.
As Guardas Municipais não querem e não podem aceitar a condição de meros figurantes.
Não existe Estado sem Policia, existe Estado sem Exercito, é sabido que a policia instituição não tem poder algum e sim o emanado pelo Estado, assim se completa a finalidade do Estado democratico de Direito, sendo o cidadão o objetivo de defesa do Estado, temos que educar e não adestrar. As Guardas estão na vida dos Mineiros a tempos conforme documento abaixo Decreto nº 23 de 10 de Julho de 1932, criando a Guarda Municipal de Mariana, sob ordens da autoridade local.
Mauricio Maciel, Comandante da Guarda Municipal de Varginha.
domingo, 21 de novembro de 2010
CURSO DE AÇÕES TÁTICAS
CURSO DE AÇÕES TÁTICAS
A presente proposta visa o aprimoramento e o ensino de novas técnicas, visando um melhor desempenho dos profissionais envolvidos, além de fazer com que a corporação preste melhores serviços a comunidade.
A duração do mesmo deve ser de pelo menos dois dias e uma noite, podendo se estender, dependendo do desempenho do grupo.
É obrigatório o uso continuo do colete a prova de balas durante as Instruções. Na Instrução noturna o profissional deverá portar lanterna, mesmo que esta seja revezada entre vários.
Tendo em vista o tempo, o que influi diretamente no desempenho de todo o Curso, a parte de tiro poderá se estender ou não. Uma coisa deve ficar clara desde já: “é impossível formar homens Táticos em tão pouco tempo”.
Sendo assim o principal objetivo do Curso, é o de apresentar novas técnicas e tirar grande parte das duvidas, ficando a cargo de cada um aprimorá-las através de treinos constantes.
Programação do Curso:
1º Dia
HORA INSTRUÇÃO OBSERVAÇÃO
0800 Apresentação dos Instrutores Divisão em Equipes
0815 Apresentação do Curso Objetivos
0830 Procedimentos e regras de segurança Durante o curso
0900 Saque, empunhadura, engajamento, tiro, contenção, varredura (visão periférica), remuniciamento, deslocamento tático (avançar, recuar e em lateral), fatiamento, 3º olho, olhar Israelense (em cima, no meio e em baixo), balalaica, barricado (esq., dir. e acima). Treino individual e dentro das Equipes, com armas desmuniciadas.
1200 Almoço
1300 Em movimento (p/ frente, p/ trás, para os lados), alfa 1 e alfa 2, área de responsabilidade, ângulos de tiro, sinais mais utilizados, vencendo obstáculos (porta, janelas, muros, telhados e escadas), velocidade dos deslocamentos. Idem
1600 Equipe Tática (formação e função de cada Operacional), tipos de entrada, entradas dinâmicas e furtivas, uso da lanterna e espelho, CQB e resgate de reféns. Idem
1800 Jantar
1900 Exercícios práticos noturnos com o uso da lanterna e Imobilizações Táticas. Idem
2º Dia
HORA INSTRUÇÃO OBSERVAÇÃO
0800 Preleção e aquecimento Arma desmuniciada
0830 Pista de tiro (regras de segurança) Idem
0845 Tiro parado (aferição do olho diretor) 12 tiros
Tiro em deslocamento 48 tiros
Tiro fatiando 12 tiros
Posição Sul c/ tiro 12 tiros
Semi-engajado c/ tiro 12 tiros
Barricado c/ tiro 12 tiros
Entrada dinâmica c/ tiro 48 tiros
Alfa 1 e Alfa 2 18 tiros
Resgate de reféns c/ tiro 06 tiros
CQB c/ tiro 18 tiros
Competição entre as Equipes Táticas 06 tiros
2100 Encerramento
Obs.: 1- Cada profissional devera fazer uso de 220 munições (isso não significa que todas serão utilizadas);
2- Não será admitido nenhum tipo de atraso ou ponderação que traga prejuízo ao evento, a não ser aqueles ligados a Segurança Pública ou os de ordem pessoal.
Material individual:
Arma
Roupa de ralo (azul, preta, camuflada e ou caqui)
Coldre
Cinturão
Jet (2) ou carregador (2)
A presente proposta visa o aprimoramento e o ensino de novas técnicas, visando um melhor desempenho dos profissionais envolvidos, além de fazer com que a corporação preste melhores serviços a comunidade.
A duração do mesmo deve ser de pelo menos dois dias e uma noite, podendo se estender, dependendo do desempenho do grupo.
É obrigatório o uso continuo do colete a prova de balas durante as Instruções. Na Instrução noturna o profissional deverá portar lanterna, mesmo que esta seja revezada entre vários.
Tendo em vista o tempo, o que influi diretamente no desempenho de todo o Curso, a parte de tiro poderá se estender ou não. Uma coisa deve ficar clara desde já: “é impossível formar homens Táticos em tão pouco tempo”.
Sendo assim o principal objetivo do Curso, é o de apresentar novas técnicas e tirar grande parte das duvidas, ficando a cargo de cada um aprimorá-las através de treinos constantes.
Programação do Curso:
1º Dia
HORA INSTRUÇÃO OBSERVAÇÃO
0800 Apresentação dos Instrutores Divisão em Equipes
0815 Apresentação do Curso Objetivos
0830 Procedimentos e regras de segurança Durante o curso
0900 Saque, empunhadura, engajamento, tiro, contenção, varredura (visão periférica), remuniciamento, deslocamento tático (avançar, recuar e em lateral), fatiamento, 3º olho, olhar Israelense (em cima, no meio e em baixo), balalaica, barricado (esq., dir. e acima). Treino individual e dentro das Equipes, com armas desmuniciadas.
1200 Almoço
1300 Em movimento (p/ frente, p/ trás, para os lados), alfa 1 e alfa 2, área de responsabilidade, ângulos de tiro, sinais mais utilizados, vencendo obstáculos (porta, janelas, muros, telhados e escadas), velocidade dos deslocamentos. Idem
1600 Equipe Tática (formação e função de cada Operacional), tipos de entrada, entradas dinâmicas e furtivas, uso da lanterna e espelho, CQB e resgate de reféns. Idem
1800 Jantar
1900 Exercícios práticos noturnos com o uso da lanterna e Imobilizações Táticas. Idem
2º Dia
HORA INSTRUÇÃO OBSERVAÇÃO
0800 Preleção e aquecimento Arma desmuniciada
0830 Pista de tiro (regras de segurança) Idem
0845 Tiro parado (aferição do olho diretor) 12 tiros
Tiro em deslocamento 48 tiros
Tiro fatiando 12 tiros
Posição Sul c/ tiro 12 tiros
Semi-engajado c/ tiro 12 tiros
Barricado c/ tiro 12 tiros
Entrada dinâmica c/ tiro 48 tiros
Alfa 1 e Alfa 2 18 tiros
Resgate de reféns c/ tiro 06 tiros
CQB c/ tiro 18 tiros
Competição entre as Equipes Táticas 06 tiros
2100 Encerramento
Obs.: 1- Cada profissional devera fazer uso de 220 munições (isso não significa que todas serão utilizadas);
2- Não será admitido nenhum tipo de atraso ou ponderação que traga prejuízo ao evento, a não ser aqueles ligados a Segurança Pública ou os de ordem pessoal.
Material individual:
Arma
Roupa de ralo (azul, preta, camuflada e ou caqui)
Coldre
Cinturão
Jet (2) ou carregador (2)
quinta-feira, 18 de novembro de 2010
Segurança no Tiro Policial
Segurança no Tiro Policial
1) Mantenha a arma firme na(s) mão(s), sempre na altura dos olhos, apontada para a direção em que está localizado o (suposto) oponente.
2) Os dois olhos devem ficar abertos, com o olho diretor fazendo o enquadramento miras/alvo, e o outro como visão periférica de todo o perímetro.
3) A respiração deve ser a mais próxima da normalidade. Nunca inspire e prenda a respiração, eis que os músculos ficarão tensos e o disparo não será o ideal. De igual maneira, nunca expire e efetue o disparo, pois o corpo estará numa posição altamente relaxada. O tiro de combate ideal - que somente pode ser realizado após exaustivos treinamentos - é justamente aquele em que a respiração é normal, cadenciada (breve ou longa) e, por incrível que pareça - deve ocorrer no momento exato entre uma e outra batida do coração.
4) A posição do corpo é fundamental para uma boa precisão de tiro. Posições ISÓCELES, WEAVER ou ISÓCELES MODIFICADA são as mais indicadas para o tiro de combate e/ou instintivo. Estas posições foram utilizadas, durante décadas pelos mais especializados grupos policiais e militares dos EUA. Entretanto, é certo que o atirador deve encontrar, por si só, a melhor posição que lhe proporcione conforto, segurança e precisão ao disparar.
5) Sempre que possível - se não em todas as situações - procure proteção para o corpo, expondo apenas o mínimo necessário para o campo de visão do agressor.
6) Procure contar, mentalmente, os disparos efetuados. Se usando revólver, necessário também o acompanhamento de "speed loader", para rápido municiamento. Se não utilizar "speeds", o ideal é efetuar dois ou três disparos e recarregar os cartuchos deflagrados, mantendo sempre a arma "quente", em condição de tiro. O procedimento visa confundir o suposto agressor, que poderá estar contando os disparos e, no momento da sua recarga, com a arma desmuniciada, vir a aproveitar a oportunidade para o ataque.
7) Sempre , em situação de combate, efetuar no mínimo dois disparos sobre o alvo visado, em rápida sequência, o que aumentará a possibilidade de incapacitar de imediato o agressor. Tal procedimento é o atualmente adotado por todas as agências governamentais e departamentos de Polícia dos EUA, e visa aumentar, pelo menos duas vezes, as chances de se estancar de imediato qualquer ataque de um suposto agressor.
8) O trabalho policial, e na maioria esmagadora das vezes, não se busca a morte do agressor e/ou meliante. O que se busca é fazer cessar um ataque ou situação de perigo em que esteja envolvido tal elemento, que deve "parar" de imediato com os disparos efetuados.
9) A confiança no companheiro, em situação de combate, deve ser de 100%. A "cobertura" a ser dada dependerá do caso concreto, mas nenhuma arma deverá ficar apontada para a zona "quente" do colega, para que se evite o conhecido "tiro amigo".
10) Nunca se deve, em situação de combate, empunhar a arma apontada para o chão ou para o alto - como se vê erroneamente em filmes "enlatados". A postura correta, em qualquer situação em que seja necessário o enquadramento arma/alvo, é aquela em que a primeira esteja segura com as duas mãos apontada para o suposto alvo, à altura dos olhos. Com esta postura, não haverá surpresa ou perda de preciosos segundos em uma situação estressante para o enquadramento do suposto agressor.
11) Especificamente em nossa região, onde o clima é muito quente, impossibilitando que se porte arma dissimuladamente, é aconselhável que revólveres e pistolas estejam sempre à altura da cintura, em qualquer dos seus lados. Coldres devem ser utilizados (somente os de material tipo "nylon") por pessoas altamente treinadas, caso contrário dê preferência ao seu não uso, o que facilitará o saque em situação de perigo. Coldres axiais ou de tornozelos, bem como bolsas tipo "capanga" ou similares não são aconselháveis, eis que não adequados para um rápido saque. Estes últimos acessórios, contudo, são indicados para o porte da "back up gun", ou seja, arma de reserva.
12) Utilizando revólver no dia-a-dia, dê preferência aqueles de 4 (quatro) polegadas de cano, em especial com miras reguláveis. Canos menores dificultam a precisão a médias ou longas distâncias, e canos maiores provocam desconforto no porte diário, pelo tamanho e peso, mas em contrapartida são naturalmente mais precisos. Devem ser descartados os calibres .22 LR e .32 SWL, eis que possuem sofrível "Stopping Power". O mínimo aceitável seria o .38 SPL+P.
13) Utilizando pistola, a preferência natural deverá recair sobre aquelas de alta capacidade, lembrando que calibres ditos "quentes" devem ser escolhidos (9mm LUGER, .40 S.W, .45 ACP, etc). Infelizmente, nossa Legislação restringe muito a aquisição de pistolas em tais calibres, oferecendo opções, apenas, em calibres .22 LR, . 25 AUTO (6.35mm), .32 AUTO (7.65mm) e .380 ACP (9mm curto). Os dois primeiros são plenamente inadequados para o serviço policial, eis que sua balística, em relação ao Stopping Power ("poder de parada") é irrisório.
14) A munição escolhida, seja para pistolas ou revólveres, deverá ser dos tipos "HOLLOW POINT" ou "SOFT POINT" (vulgarmente conhecidos como "ponta ôca" e "ponta macia"). São projéteis com núcleo de chumbo mole, semi-revestidos por uma jaqueta de latão ou cobre, que transferem grande energia cinética quando ao atingir corpos aquosos. Possuem ainda de média para baixa penetrabilidade, e baixo índice de ricochete.
15) Arma oxidadas (de acabamento negro) são menos visíveis e evitam reflexo indicando a posição do atirador. Por outro lado, são mais susceptíveis de corrosão, devendo ser limpas mais vezes e com maior acuidade. De outro lado, armas em aço denominado "inox" são mais resistentes á ação de intempéries, mas ocasionam reflexos imprevistos.
16) Armas e munições devem ser vistoriadas continuamente, proporcionando, em conjunto, sua segura utilização.
17) Nunca utilize munição da qual desconheça a procedência, eis que os riscos de acidentes (entre eles, a popular "nega") são grandes.
18) A fórmula ideal é que a munição seja trocada periodicamente, em prazo não superior a 06 (seis) meses, visando-se sempre segurança e sua aplicabilidade prática.
19) A confiança no conjunto arma/munição deve ser 100% no trabalho policial. O treinamento constante de manuseio e tiro
20) Mesmo que de pequeno número - é forma de garantir a sua própria segurança e de toda a sociedade.
21) Sempre que possível, deverá o policial fazer uso de coletes a prova de balas, o que garantirá maior segurança no próprio serviço.
1) Mantenha a arma firme na(s) mão(s), sempre na altura dos olhos, apontada para a direção em que está localizado o (suposto) oponente.
2) Os dois olhos devem ficar abertos, com o olho diretor fazendo o enquadramento miras/alvo, e o outro como visão periférica de todo o perímetro.
3) A respiração deve ser a mais próxima da normalidade. Nunca inspire e prenda a respiração, eis que os músculos ficarão tensos e o disparo não será o ideal. De igual maneira, nunca expire e efetue o disparo, pois o corpo estará numa posição altamente relaxada. O tiro de combate ideal - que somente pode ser realizado após exaustivos treinamentos - é justamente aquele em que a respiração é normal, cadenciada (breve ou longa) e, por incrível que pareça - deve ocorrer no momento exato entre uma e outra batida do coração.
4) A posição do corpo é fundamental para uma boa precisão de tiro. Posições ISÓCELES, WEAVER ou ISÓCELES MODIFICADA são as mais indicadas para o tiro de combate e/ou instintivo. Estas posições foram utilizadas, durante décadas pelos mais especializados grupos policiais e militares dos EUA. Entretanto, é certo que o atirador deve encontrar, por si só, a melhor posição que lhe proporcione conforto, segurança e precisão ao disparar.
5) Sempre que possível - se não em todas as situações - procure proteção para o corpo, expondo apenas o mínimo necessário para o campo de visão do agressor.
6) Procure contar, mentalmente, os disparos efetuados. Se usando revólver, necessário também o acompanhamento de "speed loader", para rápido municiamento. Se não utilizar "speeds", o ideal é efetuar dois ou três disparos e recarregar os cartuchos deflagrados, mantendo sempre a arma "quente", em condição de tiro. O procedimento visa confundir o suposto agressor, que poderá estar contando os disparos e, no momento da sua recarga, com a arma desmuniciada, vir a aproveitar a oportunidade para o ataque.
7) Sempre , em situação de combate, efetuar no mínimo dois disparos sobre o alvo visado, em rápida sequência, o que aumentará a possibilidade de incapacitar de imediato o agressor. Tal procedimento é o atualmente adotado por todas as agências governamentais e departamentos de Polícia dos EUA, e visa aumentar, pelo menos duas vezes, as chances de se estancar de imediato qualquer ataque de um suposto agressor.
8) O trabalho policial, e na maioria esmagadora das vezes, não se busca a morte do agressor e/ou meliante. O que se busca é fazer cessar um ataque ou situação de perigo em que esteja envolvido tal elemento, que deve "parar" de imediato com os disparos efetuados.
9) A confiança no companheiro, em situação de combate, deve ser de 100%. A "cobertura" a ser dada dependerá do caso concreto, mas nenhuma arma deverá ficar apontada para a zona "quente" do colega, para que se evite o conhecido "tiro amigo".
10) Nunca se deve, em situação de combate, empunhar a arma apontada para o chão ou para o alto - como se vê erroneamente em filmes "enlatados". A postura correta, em qualquer situação em que seja necessário o enquadramento arma/alvo, é aquela em que a primeira esteja segura com as duas mãos apontada para o suposto alvo, à altura dos olhos. Com esta postura, não haverá surpresa ou perda de preciosos segundos em uma situação estressante para o enquadramento do suposto agressor.
11) Especificamente em nossa região, onde o clima é muito quente, impossibilitando que se porte arma dissimuladamente, é aconselhável que revólveres e pistolas estejam sempre à altura da cintura, em qualquer dos seus lados. Coldres devem ser utilizados (somente os de material tipo "nylon") por pessoas altamente treinadas, caso contrário dê preferência ao seu não uso, o que facilitará o saque em situação de perigo. Coldres axiais ou de tornozelos, bem como bolsas tipo "capanga" ou similares não são aconselháveis, eis que não adequados para um rápido saque. Estes últimos acessórios, contudo, são indicados para o porte da "back up gun", ou seja, arma de reserva.
12) Utilizando revólver no dia-a-dia, dê preferência aqueles de 4 (quatro) polegadas de cano, em especial com miras reguláveis. Canos menores dificultam a precisão a médias ou longas distâncias, e canos maiores provocam desconforto no porte diário, pelo tamanho e peso, mas em contrapartida são naturalmente mais precisos. Devem ser descartados os calibres .22 LR e .32 SWL, eis que possuem sofrível "Stopping Power". O mínimo aceitável seria o .38 SPL+P.
13) Utilizando pistola, a preferência natural deverá recair sobre aquelas de alta capacidade, lembrando que calibres ditos "quentes" devem ser escolhidos (9mm LUGER, .40 S.W, .45 ACP, etc). Infelizmente, nossa Legislação restringe muito a aquisição de pistolas em tais calibres, oferecendo opções, apenas, em calibres .22 LR, . 25 AUTO (6.35mm), .32 AUTO (7.65mm) e .380 ACP (9mm curto). Os dois primeiros são plenamente inadequados para o serviço policial, eis que sua balística, em relação ao Stopping Power ("poder de parada") é irrisório.
14) A munição escolhida, seja para pistolas ou revólveres, deverá ser dos tipos "HOLLOW POINT" ou "SOFT POINT" (vulgarmente conhecidos como "ponta ôca" e "ponta macia"). São projéteis com núcleo de chumbo mole, semi-revestidos por uma jaqueta de latão ou cobre, que transferem grande energia cinética quando ao atingir corpos aquosos. Possuem ainda de média para baixa penetrabilidade, e baixo índice de ricochete.
15) Arma oxidadas (de acabamento negro) são menos visíveis e evitam reflexo indicando a posição do atirador. Por outro lado, são mais susceptíveis de corrosão, devendo ser limpas mais vezes e com maior acuidade. De outro lado, armas em aço denominado "inox" são mais resistentes á ação de intempéries, mas ocasionam reflexos imprevistos.
16) Armas e munições devem ser vistoriadas continuamente, proporcionando, em conjunto, sua segura utilização.
17) Nunca utilize munição da qual desconheça a procedência, eis que os riscos de acidentes (entre eles, a popular "nega") são grandes.
18) A fórmula ideal é que a munição seja trocada periodicamente, em prazo não superior a 06 (seis) meses, visando-se sempre segurança e sua aplicabilidade prática.
19) A confiança no conjunto arma/munição deve ser 100% no trabalho policial. O treinamento constante de manuseio e tiro
20) Mesmo que de pequeno número - é forma de garantir a sua própria segurança e de toda a sociedade.
21) Sempre que possível, deverá o policial fazer uso de coletes a prova de balas, o que garantirá maior segurança no próprio serviço.
terça-feira, 16 de novembro de 2010
Guardas Metropolitanos participarão de 12º Swat em São Paulo
Guardas Metropolitanos participarão de 12º Swat em São Paulo
Seis membros da Guarda Metropolitana de Palmas receberão entre os dias 05 e 13 de novembro, treinamento para procedimentos como Imobilizações Táticas, assalto a ônibus, tiro em ambientes fechados, resgate de Reféns, gerenciamento de crise, resgate e atendimento de policial ferido e até infiltração investigativa. Eles estarão entre policiais de todo o Brasil e de diversos países como Portugal, Uruguai, Paraguai, Bolívia e Colômbia inscritos no 12º Swat que acontece em São Paulo.
Da Redação
Seis membros da Guarda Metropolitana de Palmas receberão entre os dias 05 e 13 de novembro, treinamento para procedimentos como Imobilizações Táticas, assalto a ônibus, tiro em ambientes fechados, resgate de Reféns, gerenciamento de crise, resgate e atendimento de policial ferido e até infiltração investigativa. Eles estarão entre policiais de todo o Brasil e de diversos países como Portugal, Uruguai, Paraguai, Bolívia e Colômbia inscritos no 12º Swat que acontece em São Paulo.
Este incentivo da Prefeitura de Palmas visa a criação do Grupo Tático da Guarda Metropolitana, dotado de conhecimento especializado. De acordo com o comandante da GMP, Cel Antônio Joaquim Martins Benvindo, o investimento em qualificação será revertido em melhorias diretas no atendimento ao cidadão. “Estamos equipando uma Guarda qualificada e sempre preocupada com a melhoria das atividades e serviços prestados ao cidadão palmense, que terá profissionais cada vez mais bem treinados e preparados parar servi-la”, destaca.
Participarão do 12º SWAT os guardas metropolitanos GMP Classe C: Antônio Lourenço de Amorim Júnior, Valdinei Ferreira Lima, Moacir Cidalino da Silva, o guardas metropolitanos GMP Classe B Jocélio Pereira da Silva, e ainda os GMP Classe A Emanuel Portinari Ferreira Lima e Christiano Abreu Ribeiro.
Curso
O 12º SWAT é um evento que acontece uma vez ao ano e se destaca no segmento de treinamentos táticos internacionais. Foi desenvolvido, exclusivamente para o Centro Avançado em Técnicas de Imobilização (CATI) – empresa responsável pelo curso - pelos melhores departamentos de polícia do mundo tais como: Dallas SWAT, Austin SWAT, Houston SWAT, San Antônio SWAT e BOPE do Rio de Janeiro.
O chefe da Divisão de Desenvolvimento de Pessoal da GMP, Subinspetor Enes Rodrigues Moura, explica que o formato do curso, oferecido pelo Centro Avançado em Técnicas de Imobilização (CATI - Treinamento Policial), proporcionará aos grupos de elite uma experiência inédita, pois estarão recebendo instruções diretamente de quatro oficiais da SWAT e de nove instrutores do CATI, além de três instrutores do BOPE/RJ, totalizando 18 instrutores, além de tradutores e equipe de suporte.
CATI
A empresa CATI tem como objetivo desenvolver tornar mais seguro e eficiente o dia-a-dia de todos os agentes de segurança que atuam em Operações Especiais, visando a preservação da vida, o respeito aos direitos humanos, o trabalho em equipe e a eficácia na manutenção da ordem pública sem a utilização da força bruta. O CATI é uma das únicas empresas no mundo que realiza treinamentos corpo-a-corpo com agentes de segurança. (Com informações da Ascop)
Seis membros da Guarda Metropolitana de Palmas receberão entre os dias 05 e 13 de novembro, treinamento para procedimentos como Imobilizações Táticas, assalto a ônibus, tiro em ambientes fechados, resgate de Reféns, gerenciamento de crise, resgate e atendimento de policial ferido e até infiltração investigativa. Eles estarão entre policiais de todo o Brasil e de diversos países como Portugal, Uruguai, Paraguai, Bolívia e Colômbia inscritos no 12º Swat que acontece em São Paulo.
Da Redação
Seis membros da Guarda Metropolitana de Palmas receberão entre os dias 05 e 13 de novembro, treinamento para procedimentos como Imobilizações Táticas, assalto a ônibus, tiro em ambientes fechados, resgate de Reféns, gerenciamento de crise, resgate e atendimento de policial ferido e até infiltração investigativa. Eles estarão entre policiais de todo o Brasil e de diversos países como Portugal, Uruguai, Paraguai, Bolívia e Colômbia inscritos no 12º Swat que acontece em São Paulo.
Este incentivo da Prefeitura de Palmas visa a criação do Grupo Tático da Guarda Metropolitana, dotado de conhecimento especializado. De acordo com o comandante da GMP, Cel Antônio Joaquim Martins Benvindo, o investimento em qualificação será revertido em melhorias diretas no atendimento ao cidadão. “Estamos equipando uma Guarda qualificada e sempre preocupada com a melhoria das atividades e serviços prestados ao cidadão palmense, que terá profissionais cada vez mais bem treinados e preparados parar servi-la”, destaca.
Participarão do 12º SWAT os guardas metropolitanos GMP Classe C: Antônio Lourenço de Amorim Júnior, Valdinei Ferreira Lima, Moacir Cidalino da Silva, o guardas metropolitanos GMP Classe B Jocélio Pereira da Silva, e ainda os GMP Classe A Emanuel Portinari Ferreira Lima e Christiano Abreu Ribeiro.
Curso
O 12º SWAT é um evento que acontece uma vez ao ano e se destaca no segmento de treinamentos táticos internacionais. Foi desenvolvido, exclusivamente para o Centro Avançado em Técnicas de Imobilização (CATI) – empresa responsável pelo curso - pelos melhores departamentos de polícia do mundo tais como: Dallas SWAT, Austin SWAT, Houston SWAT, San Antônio SWAT e BOPE do Rio de Janeiro.
O chefe da Divisão de Desenvolvimento de Pessoal da GMP, Subinspetor Enes Rodrigues Moura, explica que o formato do curso, oferecido pelo Centro Avançado em Técnicas de Imobilização (CATI - Treinamento Policial), proporcionará aos grupos de elite uma experiência inédita, pois estarão recebendo instruções diretamente de quatro oficiais da SWAT e de nove instrutores do CATI, além de três instrutores do BOPE/RJ, totalizando 18 instrutores, além de tradutores e equipe de suporte.
CATI
A empresa CATI tem como objetivo desenvolver tornar mais seguro e eficiente o dia-a-dia de todos os agentes de segurança que atuam em Operações Especiais, visando a preservação da vida, o respeito aos direitos humanos, o trabalho em equipe e a eficácia na manutenção da ordem pública sem a utilização da força bruta. O CATI é uma das únicas empresas no mundo que realiza treinamentos corpo-a-corpo com agentes de segurança. (Com informações da Ascop)
segunda-feira, 15 de novembro de 2010
Tiro defensivo para a preservação da vida!
Tiro defensivo para a preservação da vida!
O método Giraldi torna-se cada dia mais difundido no meio policial. Ontem conversando com o futuro soldado Rander, amigo e blogueiro, ele me brindou com uma entrevista com o criador do método. Muitos leitores podem desconhecê-lo, sendo assim, vi como uma boa opção apresentá-lo.
Devido a falta de tempo esse mês estarei postando entrevistas e reportagens sobre polícia. Não sei se atende as expectativas dos leitores, mas é uma alternativa para não ficar sem escrever. Em breve, após terminar um curso que estou fazendo, sobre direitos humanos nas forças militares, focarei nesse tema.
Criador do Método “Giraldi” fala sobre a importância do chamado “Tiro defensivo para a preservação da vida”
Com metodologia e apoio do Comitê Internacional da Cruz Vermelha e obedecendo as Sete Normas Internacionais de Direitos Humanos Aplicáveis à Função Policial Armada, o coronel da Polícia Militar do Estado de São Paulo, Nilson Giraldi, criou o Método “Giraldi” para treinamento dos agentes da Segurança Pública brasileira na área que ele chama de “Tiro Defensivo para Preservação da Vida”.
Segue a entrevista que o coronel Giraldi concedeu, em São Paulo, no Centro de Aperfeiçoamento e Especialização (CAES) da polícia paulista ao tenente Ramon Quemel, integrante da Assessoria de Comunicação Social da PMPA.
ASCOM: qual o objetivo da criação do Método “Giraldi”?
Cel Giraldi: a polícia brasileira trabalha dentro do quadro de maior violência do mundo. Isso obriga o policial a usar arma de fogo para se defender e defender a sociedade. O Método Giraldi veio para ensinar o policial a preservar a sua vida e a sua liberdade, a usar a arma de fogo para servir e proteger a sociedade e a si próprio, a preservar a vida, a liberdade e a segurança do cidadão e a evitar tragédias.
ASCOM: para a criação do Método “Giraldi”, foi feita uma pesquisa sobre o que sente o policial no momento em que ele participa de um confronto armado, o que ela demonstra?
Cel Giraldi: a pesquisa mostra que no policial a pressão arterial dobra, os batimentos cardíacos triplicam, a emoção e a reação, obedecendo ao instinto de preservação da vida, são tão intensas que, normalmente, antecedem o raciocínio, e a capacidade de raciocínio fica drasticamente reduzida.
ASCOM: o que pode provocar o uso incorreto da arma de fogo por um policial?
Cel Giraldi: o uso da arma de fogo de forma incorreta, por parte do policial, pode provocar cinco tragédias distintas, sendo: crises na polícia, desmoralização do Estado, desrespeito aos direitos humanos, morte do policial ou a perda da liberdade do policial.
ASCOM: existe uma base técnica para o Método “Giraldi”?
Cel Giraldi: a base técnica é o treinamento. Este deve ser correto, deve ser considerado não como gasto mas como investimento e deve-se primar pela qualidade dos instrutores. Para mim, a matéria mais importante para uma instituição policial é a instrução de tiro e o instrutor de tiro tem a função de maior responsabilidade entre todas as funções.
ASCOM: por que o local de treinamento do Método “Giraldi” não é chamado de Estande de Tiro?
Cel Giraldi: por que Estande de Tiro é o local de treinamento das Forças Armadas que, até mesmo constitucionalmente, têm função diferente das polícias estaduais. O local onde há o treinamento do Método “Giraldi” deve chamar-se “Centro de Treinamento Para Preservação da Vida”
ASCOM: como funciona, na prática, o treinamento do Método “Giraldi”?
Cel Giraldi: a instrução é toda prática, não há instrução em salas de aula. O treinamento deve ser o mais próximo da realidade enfrentada pelo policial, inclusive, criando-se um teatro com simulacros de arma de fogo pintados de amarelo ou azul, revólver munição e pistola sem carregador, o instrutor deve orientar o policial-aluno a estar sempre com o dedo fora do gatilho da arma. É proibido usar munição real, de festim, cera, sabão, entre outros materiais.
ASCOM: como devem ser as ações do instrutor de Método “Giraldi”?
Cel Giraldi: antes de iniciar o “teatro”, ele deve examinar todas as armas dos alunos para ver se não estão carregadas. Nunca se deve começar a instrução exigindo realização de flexões de braços, rolamento, ou coisa parecida. Lugar de educação física é na instrução de educação física com um técnico em educação física. O máximo que se pode criar é uma série de barulhos para retratar um quadro de tensão. O instrutor não deve perder tempo ensinando o que o policial não usará nas ruas, como montar e desmontar arma, isso é função do armeiro da unidade. O instrutor deve ter em mente ensinar o que interessa: saber usar a arma para servir e proteger a sociedade e a si próprio, saber aplicar as normas de segurança e solucionar incidentes de tiro em curto espaço de tempo. Ser instrutor do Método “Giraldi” requer paciência, insistência, persistência e respeito pelo aluno.
ASCOM: como funciona a técnica de usar a arma de fogo e não expor a vida e a integridade física de pessoas inocentes?
Cel Giraldi: não disparar em agressor que estiver no meio do povo, não disparar se na mesma direção estiver pessoas inocentes, não disparar contra agressor que estiver usando sua vítima como escudo, inclusive no interior de veículos, não disparar se o projétil (bala) tiver chances de se tornar uma “bala perdida”, não efetuar disparo de advertência, não disparar contra ocupantes, pneus, de veículos em fuga ou que tenha rompido o bloqueio policial. Podem existir pessoas inocentes no seu interior, inclusive no porta-malas. O policial deve pedir apoio, fazer o acompanhamento, o cerco, a abordagem e a prisão. Se houver troca de tiros, evite atirar a esmo, uma hora a munição dos acusados vai acabar e o policial vai ficar em superioridade numérica e de fogo. Nenhum de nós é tão bom quanto todos nós juntos e a precipitação está matando os policiais ou fazendo com que percam a liberdade.
ASCOM: Quais são outras técnicas ensinadas ao policial no Método “Giraldi”?
Cel Giraldi: a primeira é a verbalização que deve ser clara, objetiva e educada. A segunda é a negociação. Nela, o policial deve colocar em prática a inteligência e a sabedoria contra as artimanhas do agressor. E a terceira é a abordagem, que deve ser feita com a cobertura de um outro policial e sempre preparado para uma possível reação por parte das pessoas abordadas. Sempre com o dedo fora do gatilho da arma.
ASCOM: uma mensagem aos policiais militares do Pará?
Cel Giraldi: policial, o disparo para estar dentro da legalidade, precisa preencher as condições da “necessidade”, “oportunidade”, “proporcionalidade” e “qualidade”. Um disparo dentro dessas condições jamais levará o policial a ser condenado nos tribunais. Por isso, tenha em mente que a segurança no disparo de arma de fogo precede tudo, algo simples pode-se fazer para evitar tragédias, como: cano da arma voltado sempre para uma direção segura, jamais direcione sua arma para pessoas inocentes, só aponte para algum lugar se for realmente atirar e em uma ação mantenha sempre o dedo fora do gatilho da arma. Sucesso a todos!
Fonte: http://www.pm.pa.gov.br/index.php?option=com_content&task=view&id=625&Itemid=61
O método Giraldi torna-se cada dia mais difundido no meio policial. Ontem conversando com o futuro soldado Rander, amigo e blogueiro, ele me brindou com uma entrevista com o criador do método. Muitos leitores podem desconhecê-lo, sendo assim, vi como uma boa opção apresentá-lo.
Devido a falta de tempo esse mês estarei postando entrevistas e reportagens sobre polícia. Não sei se atende as expectativas dos leitores, mas é uma alternativa para não ficar sem escrever. Em breve, após terminar um curso que estou fazendo, sobre direitos humanos nas forças militares, focarei nesse tema.
Criador do Método “Giraldi” fala sobre a importância do chamado “Tiro defensivo para a preservação da vida”
Com metodologia e apoio do Comitê Internacional da Cruz Vermelha e obedecendo as Sete Normas Internacionais de Direitos Humanos Aplicáveis à Função Policial Armada, o coronel da Polícia Militar do Estado de São Paulo, Nilson Giraldi, criou o Método “Giraldi” para treinamento dos agentes da Segurança Pública brasileira na área que ele chama de “Tiro Defensivo para Preservação da Vida”.
Segue a entrevista que o coronel Giraldi concedeu, em São Paulo, no Centro de Aperfeiçoamento e Especialização (CAES) da polícia paulista ao tenente Ramon Quemel, integrante da Assessoria de Comunicação Social da PMPA.
ASCOM: qual o objetivo da criação do Método “Giraldi”?
Cel Giraldi: a polícia brasileira trabalha dentro do quadro de maior violência do mundo. Isso obriga o policial a usar arma de fogo para se defender e defender a sociedade. O Método Giraldi veio para ensinar o policial a preservar a sua vida e a sua liberdade, a usar a arma de fogo para servir e proteger a sociedade e a si próprio, a preservar a vida, a liberdade e a segurança do cidadão e a evitar tragédias.
ASCOM: para a criação do Método “Giraldi”, foi feita uma pesquisa sobre o que sente o policial no momento em que ele participa de um confronto armado, o que ela demonstra?
Cel Giraldi: a pesquisa mostra que no policial a pressão arterial dobra, os batimentos cardíacos triplicam, a emoção e a reação, obedecendo ao instinto de preservação da vida, são tão intensas que, normalmente, antecedem o raciocínio, e a capacidade de raciocínio fica drasticamente reduzida.
ASCOM: o que pode provocar o uso incorreto da arma de fogo por um policial?
Cel Giraldi: o uso da arma de fogo de forma incorreta, por parte do policial, pode provocar cinco tragédias distintas, sendo: crises na polícia, desmoralização do Estado, desrespeito aos direitos humanos, morte do policial ou a perda da liberdade do policial.
ASCOM: existe uma base técnica para o Método “Giraldi”?
Cel Giraldi: a base técnica é o treinamento. Este deve ser correto, deve ser considerado não como gasto mas como investimento e deve-se primar pela qualidade dos instrutores. Para mim, a matéria mais importante para uma instituição policial é a instrução de tiro e o instrutor de tiro tem a função de maior responsabilidade entre todas as funções.
ASCOM: por que o local de treinamento do Método “Giraldi” não é chamado de Estande de Tiro?
Cel Giraldi: por que Estande de Tiro é o local de treinamento das Forças Armadas que, até mesmo constitucionalmente, têm função diferente das polícias estaduais. O local onde há o treinamento do Método “Giraldi” deve chamar-se “Centro de Treinamento Para Preservação da Vida”
ASCOM: como funciona, na prática, o treinamento do Método “Giraldi”?
Cel Giraldi: a instrução é toda prática, não há instrução em salas de aula. O treinamento deve ser o mais próximo da realidade enfrentada pelo policial, inclusive, criando-se um teatro com simulacros de arma de fogo pintados de amarelo ou azul, revólver munição e pistola sem carregador, o instrutor deve orientar o policial-aluno a estar sempre com o dedo fora do gatilho da arma. É proibido usar munição real, de festim, cera, sabão, entre outros materiais.
ASCOM: como devem ser as ações do instrutor de Método “Giraldi”?
Cel Giraldi: antes de iniciar o “teatro”, ele deve examinar todas as armas dos alunos para ver se não estão carregadas. Nunca se deve começar a instrução exigindo realização de flexões de braços, rolamento, ou coisa parecida. Lugar de educação física é na instrução de educação física com um técnico em educação física. O máximo que se pode criar é uma série de barulhos para retratar um quadro de tensão. O instrutor não deve perder tempo ensinando o que o policial não usará nas ruas, como montar e desmontar arma, isso é função do armeiro da unidade. O instrutor deve ter em mente ensinar o que interessa: saber usar a arma para servir e proteger a sociedade e a si próprio, saber aplicar as normas de segurança e solucionar incidentes de tiro em curto espaço de tempo. Ser instrutor do Método “Giraldi” requer paciência, insistência, persistência e respeito pelo aluno.
ASCOM: como funciona a técnica de usar a arma de fogo e não expor a vida e a integridade física de pessoas inocentes?
Cel Giraldi: não disparar em agressor que estiver no meio do povo, não disparar se na mesma direção estiver pessoas inocentes, não disparar contra agressor que estiver usando sua vítima como escudo, inclusive no interior de veículos, não disparar se o projétil (bala) tiver chances de se tornar uma “bala perdida”, não efetuar disparo de advertência, não disparar contra ocupantes, pneus, de veículos em fuga ou que tenha rompido o bloqueio policial. Podem existir pessoas inocentes no seu interior, inclusive no porta-malas. O policial deve pedir apoio, fazer o acompanhamento, o cerco, a abordagem e a prisão. Se houver troca de tiros, evite atirar a esmo, uma hora a munição dos acusados vai acabar e o policial vai ficar em superioridade numérica e de fogo. Nenhum de nós é tão bom quanto todos nós juntos e a precipitação está matando os policiais ou fazendo com que percam a liberdade.
ASCOM: Quais são outras técnicas ensinadas ao policial no Método “Giraldi”?
Cel Giraldi: a primeira é a verbalização que deve ser clara, objetiva e educada. A segunda é a negociação. Nela, o policial deve colocar em prática a inteligência e a sabedoria contra as artimanhas do agressor. E a terceira é a abordagem, que deve ser feita com a cobertura de um outro policial e sempre preparado para uma possível reação por parte das pessoas abordadas. Sempre com o dedo fora do gatilho da arma.
ASCOM: uma mensagem aos policiais militares do Pará?
Cel Giraldi: policial, o disparo para estar dentro da legalidade, precisa preencher as condições da “necessidade”, “oportunidade”, “proporcionalidade” e “qualidade”. Um disparo dentro dessas condições jamais levará o policial a ser condenado nos tribunais. Por isso, tenha em mente que a segurança no disparo de arma de fogo precede tudo, algo simples pode-se fazer para evitar tragédias, como: cano da arma voltado sempre para uma direção segura, jamais direcione sua arma para pessoas inocentes, só aponte para algum lugar se for realmente atirar e em uma ação mantenha sempre o dedo fora do gatilho da arma. Sucesso a todos!
Fonte: http://www.pm.pa.gov.br/index.php?option=com_content&task=view&id=625&Itemid=61
quinta-feira, 4 de novembro de 2010
CREDENCIAMENTO DE INSTRUTOR DE ARMAMENTO E TIRO
CREDENCIAMENTO DE INSTRUTOR DE ARMAMENTO E TIRO PARA AFERIMENTO DE REGISTROS DE ARMAS DE FOGO
ANEXO XIII
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO PARA CONCESSÃO DE CREDENCIAMENTO DE INSTRUTOR DE ARMAMENTO E TIRO PARA AFERIMENTO DE REGISTROS DE ARMAS DE FOGO, E PARA ATUAÇÃO EM CURSOS DE FORMAÇÃO E RESCICLAGEM DE PROFISSIONAIS DA AREA DE SEGURANÇA ORGÂNICA E PRIVADA .
1. FINALIDADE
Os critérios constantes deste documento visam regular a avaliação para a concessão de credenciamento aos interessados em exercer a atividade de Instrutor de Armamento e Tiro, conforme o decreto nº 5.123, de 1º de julho de 2004.
2. AVALIAÇÕES
Serão realizadas 04 (quatro) verificações, conforme disposto a seguir:
a) uma verificação escrita;
b) duas verificações práticas (sendo uma verificação de tiro e uma verificação de desmontagem e montagem de armamento);
c) uma verificação oral.
Cada uma das verificações tem caráter eliminatório, sendo a nota mínima igual a 7 (sete) para a verificação escrita, oral e desmontagem e montagem de armamento e, para a verificação prática de tiro, conforme percentuais mínimos exigidos.
2.1. VERIFICAÇÃO ESCRITA
A verificação escrita versará sobre o seguinte conteúdo teórico:
a) Regras de segurança;
b) Munições;
c) Nomenclatura de peças;
d) Conhecimento sobre a legislação que dispõe sobre o Registro e o Porte de Arma de Fogo; restrições e cuidados inerentes aos proprietários de armas, inclusive quanto ao Porte; sistemática de comercialização de arma de fogo e munição, e sobre o Sistema Nacional de Armas (SINARM);
e) Fundamentos do tiro;
f) Funcionalidade de peças;
g) Incidentes de tiro.
A verificação escrita constará de cem (100) questões objetivas, dentre os conhecimentos especificados da letra “a” à letra “g”, atribuindo-se nota variando de 0,0 (zero) a 10,0 (dez).
Será aprovado o candidato que obtiver nota igual ou superior a 7,0 (sete).
2.2. VERIFICAÇÃO PRÁTICA (TIRO)
Todos os disparos serão efetuados na posição 4 SAT/ANP, em pé.
A Verificação para armas curtas, constará de 56 (cinqüenta e seis) disparos, efetuados com arma com cano sem eventos, de tamanho igual ou inferior a 128 mm (cento e vinte e oito milímetros), e mira aberta, assim distribuída:
a) 16 (dezesseis) disparos com revolver calibre .38 ou superior, a 07 (sete) metros de distância, na posição 3 (padrão SAT/ANP), divididos em 8 (oito) séries de 2 (dois) disparos cada, no tempo máximo de 2’’ (dois segundos), contra alvo do tipo silhueta humanóide, padrão SAT/ANP, medindo 46cm x 64cm (ANEXO ...-A), sendo considerado aprovado aquele que obtiver, no mínimo, 70% (setenta por cento) dos pontos possíveis, ou seja, 56 (cinqüenta e seis) pontos dos 80 (oitenta) pontos possíveis;
b) 16 (dezesseis) disparos com pistola calibre. 380 ou superior, a 07 (sete) metros de distância, na posição 3 (padrão SAT/ANP), divididos em 8 (oito) séries de 2 (dois) disparos cada, no tempo máximo de 2’’ (dois segundos), contra alvo do tipo silhueta humanóide, padrão SAT/ANP, medindo 46cm x 64cm (ANEXO...-A), sendo considerado aprovado aquele que obtiver, no mínimo, 70% (setenta por cento) dos pontos possíveis, ou seja, 56 (cinqüenta e seis) pontos dos 80 (oitenta) pontos possíveis;
c) 24 (vinte e quatro) disparos com a espécie de arma curta escolhida pelo candidato, a 07 (sete) metros de distância, na posição 3 (padrão SAT/ANP), divididos em 6 (seis) séries de 4 (quatro) disparos cada, no tempo máximo de 4’’ (quatro segundos para cada série), contra alvo do tipo fogo central, padrão SAT/ANP, medindo 46cm x 64cm (ANEXO ...B), subdividido em quatro cores distintas, sendo 2 (dois) disparos em cada cor, conforme comando do aplicador da verificação. Será considerado aprovado aquele que obtiver, no mínimo, 60% (sessenta por cento) dos pontos possíveis, ou seja, 72 (setenta e dois) pontos dos 120 (cento e vinte) pontos possíveis.
A Verificação para armas longas, de mira aberta, constará de 13 (treze) disparos, assim distribuída:
d) 10 (dez) disparos com a espécie arma longos raiada, modelo carabina calibre .38, a 20 (vinte) metros de distância, na posição 4 (padrão SAT/ANP), divididos em 2 (duas) séries de 5 (cinco) disparos cada, no tempo máximo de 20” (vinte segundos) para cada série, contra alvo do tipo silhueta humanóide, padrão SAT/ANP, medindo 46cm x 64cm (ANEXO ...-A), sendo considerado aprovado aquele que obtiver, no mínimo, 70% (setenta por cento) dos pontos possíveis, ou seja, 35 (trinta e cinco) pontos dos 50 (cinqüenta) pontos possíveis.
e) “03 (três) disparos com cartucho tipo “SG” (9 esferas), com a espécie arma longa lisa, modelo espingarda, sistema BOMBA (PUMP) calibre 12, cano de até 24 polegadas, a 10 (dez) metros de distância, em série única de execução, no tempo máximo de 10” (dez) segundos, contra alvo do tipo silhueta humanóide, padrão SAT/ANP, medindo 46cm x 64cm (ANEXO ...-A), sendo considerado aprovado aquele que obtiver o mínimo de 09 (nove) impactos (perfuração) dentro da silhueta.
2.2.1. CONTAGEM DE PONTOS
a) Para os disparos efetuados no alvo tipo silhueta humanóide (Anexo... A), a contagem de pontos será feita com base nos valores impressos no mesmo, ou seja, de 0 (zero), 2 (dois), 3 (três), 4 (quatro) e 5 (cinco), e de acordo com os locais atingidos pelos projéteis. Caso o projétil corte a linha que separa os valores, contar-se-á o maior valor;
b) Para os 24 (vinte e quatro) disparos efetuados no alvo 4 (quatro) cores, a contagem de pontos será feita com base nos valores de 0 (zero), 3 (três), 4 (quatro) e 5 (cinco), impressos no alvo tipo fogo central (Anexo... B) e de acordo com os locais atingidos pelos projéteis. Caso o projétil corte a linha que separa os valores, contar-se-á o maior valor, para os demais, conforme os impactos das cores comandadas;
c) Durante a verificação, será eliminado o candidato que não observar as regras de segurança e/ou efetuar disparo acidental.
d) Haverá desconto de 05 (cinco) pontos para cada tiro:
- efetuado após o tempo estipulado;
- excedente do total previsto para série;
- que atingir a cor não comandada no alvo colorido (Anexo... B);
- efetuar disparos em seqüência diversa da comandada no alvo colorido (Anexo... B).
e) Em caso de incidente de tiro (falha da arma e da munição) na verificação, o candidato executará novamente, após o final da série, os disparos relativos aos cartuchos não deflagrados, no mesmo tempo e posições correspondentes. Persistindo a falha, serão substituídos os cartuchos de forma que o candidato possa completar
o número de disparos previstos.
f) A contagem de pontos será feita pelo Instrutor de Armamento e Tiro da Polícia Federal, responsáveis pela aplicação da verificação, na do candidato, que somente poderá proceder a reclamação nesse momento, não podendo se ausentar até que seja colhida a sua assinatura na pauta;
g) Em caso de incidente de tiro (deixar de atirar), causado pelo candidato (posição incorreta da mão ou não acionamento da tecla do gatilho, etc), e comprovado pelo avaliador, a munição não disparada será recolhida;
h) Ao receber a munição para a verificação, o candidato deverá conferir o seu total, não podendo ser feita nenhuma reposição de cartuchos extraviados, cuja diferença seja constatada posteriormente.
2.3. VERIFICAÇÃO PRÁTICA (DESMONTAGEM E MONTAGEM)
A verificação constará de habilidade prática sobre desmontagem e montagem de revólver, pistola e espingarda, de calibre permitido, de fabricação nacional, definidas pela Comissão de Credenciamento de Instrutor de Armamento e Tiro da Polícia Federal, os quais serão informados aos candidatos em reunião prevista nas disposições finais deste anexo.
O candidato deverá realizar todo o processo de desmontagem e montagem de duas armas curtas e uma longa, com a seguinte pontuação e tempo:
Desmontagem:
- 2,0 (dois) pontos para o revólver, no tempo máximo de 2 (dois) minutos;
- 1,5 (um e meio) pontos para a pistola, no tempo máximo de 1 (um) minuto;
- 1,5 (um e meio) pontos para a espingarda, no tempo máximo de 1 (um) minutos.
Montagem:
- 2,0 (dois) pontos para o revólver, no tempo máximo de 2 (dois) minutos;
- 1,5 (um e meio) pontos para a pistola, no tempo máximo de 1 (um) minuto; e
- 1,5 (um e meio) pontos para a espingarda, no tempo máximo de 1 (um) minutos.
Será aprovado o candidato que obtiver nota igual ou superior a 7,0 (sete).
2.4. VERIFICAÇÃO ORAL
A verificação oral versará sobre o seguinte conteúdo:
a) Regras de segurança;
b) Munições;
c) Nomenclatura de peças;
d) Limpeza e conservação;
e) Carregamento, descarregamento e alimentação;
f) Sistema de funcionamento;
g) Conhecimento sobre a legislação que dispõe sobre o Registro e o Porte de Arma de Fogo; restrições e cuidados inerentes aos proprietários de armas, inclusive quanto ao Porte; sistemática de comercialização de arma de fogo e munição, e sobre o Sistema Nacional de Armas (SINARM);
h) Fundamentos do tiro;
i) Funcionalidade de peças;
j) Incidentes de tiro.
A verificação oral constará:
- de 05 (cinco) questões subjetivas, escolhidas por sorteio individual, dentre os conhecimentos acima especificados da letra “a” à letra “j”, atribuindo-se o valor máximo de 1,0 (um) ponto por questão.
O tempo máximo de resposta para cada questão será de 1 (um) minuto, observando-se os critérios de conteúdo, clareza, concisão.
- de 01 (uma) questão de desenvolvimento de seqüência de comandos, também sorteada de forma individual, dentre as previamente selecionadas e informadas na reunião de orientações.
O tempo máximo de resposta para esta questão será de 03 (três) minutos, observando-se os critérios de conteúdo, clareza, concisão, postura e entonação de voz.
Será aprovado o candidato que obtiver nota igual ou superior a 7,0 (sete) nas provas de conhecimento teórico, oral, de desmontagem e montagem de arma de fogo, e ter atingido o percentual mínimo previsto para as avaliações de tiro.
3. DISPOSIÇÕES DIVERSAS
3.1. Caberá ao SENARM-DPF dar conhecimento aos candidatos dos presentes critérios através de: sua página na Internet e nas unidades da Policia Federal nos estados, através de reunião dirigida por seus Instrutores de Armamento e Tiro, realizados em local pré-determinado, com os candidatos ao credenciamento, com antecedência mínima de 30 dias do previsto para aplicação dos testes. Haverá recolhimento de assinaturas dos participantes em lista de presença e ciência dos conteúdos da reunião.
3.2. A munição usada na verificação será por conta do candidato, que deverá entregá-la ao avaliador no ato da verificação para conferência, e ao receber de volta a referida munição, deverá conferir o seu total, não podendo ser feita à reposição de cartuchos extraviados ou cuja diferença seja constatada posteriormente.
3.3. A referida munição deverá ser original de fábrica, ou seja, não será permitido o uso de munições recarregadas pelo candidato.
3.4. A aplicação dos testes será de responsabilidade dos membros da Comissão Nacional de Credenciamento.
3.5. Dos resultados das verificações práticas não caberão recursos. As divergências serão solucionadas de imediato, na presença do candidato e dos Instrutores representantes da Comissão Nacional de Credenciamento.
3.6. Nas verificações práticas, após a divulgação do resultado, um avaliador fará a devida anotação, em formulário próprio, e os candidatos deverão conferir sua pontuação e assinar o documento.
3.7. Após o término da avaliação, a verificação escrita (caderno de questões) e a folha de questões da prova oral, ficarão sob a guarda da Comissão Nacional de Credenciamento, para posterior destruição. Serão mantidas no processo de credenciamento apenas as fichas de avaliação.
3.8. É proibida, nas provas práticas de tiro, a utilização de qualquer equipamento que facilite a execução dos disparos.
3.9. Os casos omissos serão dirimidos pelos representantes da Comissão Nacional de Credenciamento.
http://www.dpf.gov.br/servicos/armas/instrutores-de-armamento-e-tiro-credenciados/instrutores-armamento-tiro-credenciados
Fonte:
http://fenris1981.blogspot.com/2009/09/criterios-de-avaliacao-para-concessao.html
ANEXO XIII
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO PARA CONCESSÃO DE CREDENCIAMENTO DE INSTRUTOR DE ARMAMENTO E TIRO PARA AFERIMENTO DE REGISTROS DE ARMAS DE FOGO, E PARA ATUAÇÃO EM CURSOS DE FORMAÇÃO E RESCICLAGEM DE PROFISSIONAIS DA AREA DE SEGURANÇA ORGÂNICA E PRIVADA .
1. FINALIDADE
Os critérios constantes deste documento visam regular a avaliação para a concessão de credenciamento aos interessados em exercer a atividade de Instrutor de Armamento e Tiro, conforme o decreto nº 5.123, de 1º de julho de 2004.
2. AVALIAÇÕES
Serão realizadas 04 (quatro) verificações, conforme disposto a seguir:
a) uma verificação escrita;
b) duas verificações práticas (sendo uma verificação de tiro e uma verificação de desmontagem e montagem de armamento);
c) uma verificação oral.
Cada uma das verificações tem caráter eliminatório, sendo a nota mínima igual a 7 (sete) para a verificação escrita, oral e desmontagem e montagem de armamento e, para a verificação prática de tiro, conforme percentuais mínimos exigidos.
2.1. VERIFICAÇÃO ESCRITA
A verificação escrita versará sobre o seguinte conteúdo teórico:
a) Regras de segurança;
b) Munições;
c) Nomenclatura de peças;
d) Conhecimento sobre a legislação que dispõe sobre o Registro e o Porte de Arma de Fogo; restrições e cuidados inerentes aos proprietários de armas, inclusive quanto ao Porte; sistemática de comercialização de arma de fogo e munição, e sobre o Sistema Nacional de Armas (SINARM);
e) Fundamentos do tiro;
f) Funcionalidade de peças;
g) Incidentes de tiro.
A verificação escrita constará de cem (100) questões objetivas, dentre os conhecimentos especificados da letra “a” à letra “g”, atribuindo-se nota variando de 0,0 (zero) a 10,0 (dez).
Será aprovado o candidato que obtiver nota igual ou superior a 7,0 (sete).
2.2. VERIFICAÇÃO PRÁTICA (TIRO)
Todos os disparos serão efetuados na posição 4 SAT/ANP, em pé.
A Verificação para armas curtas, constará de 56 (cinqüenta e seis) disparos, efetuados com arma com cano sem eventos, de tamanho igual ou inferior a 128 mm (cento e vinte e oito milímetros), e mira aberta, assim distribuída:
a) 16 (dezesseis) disparos com revolver calibre .38 ou superior, a 07 (sete) metros de distância, na posição 3 (padrão SAT/ANP), divididos em 8 (oito) séries de 2 (dois) disparos cada, no tempo máximo de 2’’ (dois segundos), contra alvo do tipo silhueta humanóide, padrão SAT/ANP, medindo 46cm x 64cm (ANEXO ...-A), sendo considerado aprovado aquele que obtiver, no mínimo, 70% (setenta por cento) dos pontos possíveis, ou seja, 56 (cinqüenta e seis) pontos dos 80 (oitenta) pontos possíveis;
b) 16 (dezesseis) disparos com pistola calibre. 380 ou superior, a 07 (sete) metros de distância, na posição 3 (padrão SAT/ANP), divididos em 8 (oito) séries de 2 (dois) disparos cada, no tempo máximo de 2’’ (dois segundos), contra alvo do tipo silhueta humanóide, padrão SAT/ANP, medindo 46cm x 64cm (ANEXO...-A), sendo considerado aprovado aquele que obtiver, no mínimo, 70% (setenta por cento) dos pontos possíveis, ou seja, 56 (cinqüenta e seis) pontos dos 80 (oitenta) pontos possíveis;
c) 24 (vinte e quatro) disparos com a espécie de arma curta escolhida pelo candidato, a 07 (sete) metros de distância, na posição 3 (padrão SAT/ANP), divididos em 6 (seis) séries de 4 (quatro) disparos cada, no tempo máximo de 4’’ (quatro segundos para cada série), contra alvo do tipo fogo central, padrão SAT/ANP, medindo 46cm x 64cm (ANEXO ...B), subdividido em quatro cores distintas, sendo 2 (dois) disparos em cada cor, conforme comando do aplicador da verificação. Será considerado aprovado aquele que obtiver, no mínimo, 60% (sessenta por cento) dos pontos possíveis, ou seja, 72 (setenta e dois) pontos dos 120 (cento e vinte) pontos possíveis.
A Verificação para armas longas, de mira aberta, constará de 13 (treze) disparos, assim distribuída:
d) 10 (dez) disparos com a espécie arma longos raiada, modelo carabina calibre .38, a 20 (vinte) metros de distância, na posição 4 (padrão SAT/ANP), divididos em 2 (duas) séries de 5 (cinco) disparos cada, no tempo máximo de 20” (vinte segundos) para cada série, contra alvo do tipo silhueta humanóide, padrão SAT/ANP, medindo 46cm x 64cm (ANEXO ...-A), sendo considerado aprovado aquele que obtiver, no mínimo, 70% (setenta por cento) dos pontos possíveis, ou seja, 35 (trinta e cinco) pontos dos 50 (cinqüenta) pontos possíveis.
e) “03 (três) disparos com cartucho tipo “SG” (9 esferas), com a espécie arma longa lisa, modelo espingarda, sistema BOMBA (PUMP) calibre 12, cano de até 24 polegadas, a 10 (dez) metros de distância, em série única de execução, no tempo máximo de 10” (dez) segundos, contra alvo do tipo silhueta humanóide, padrão SAT/ANP, medindo 46cm x 64cm (ANEXO ...-A), sendo considerado aprovado aquele que obtiver o mínimo de 09 (nove) impactos (perfuração) dentro da silhueta.
2.2.1. CONTAGEM DE PONTOS
a) Para os disparos efetuados no alvo tipo silhueta humanóide (Anexo... A), a contagem de pontos será feita com base nos valores impressos no mesmo, ou seja, de 0 (zero), 2 (dois), 3 (três), 4 (quatro) e 5 (cinco), e de acordo com os locais atingidos pelos projéteis. Caso o projétil corte a linha que separa os valores, contar-se-á o maior valor;
b) Para os 24 (vinte e quatro) disparos efetuados no alvo 4 (quatro) cores, a contagem de pontos será feita com base nos valores de 0 (zero), 3 (três), 4 (quatro) e 5 (cinco), impressos no alvo tipo fogo central (Anexo... B) e de acordo com os locais atingidos pelos projéteis. Caso o projétil corte a linha que separa os valores, contar-se-á o maior valor, para os demais, conforme os impactos das cores comandadas;
c) Durante a verificação, será eliminado o candidato que não observar as regras de segurança e/ou efetuar disparo acidental.
d) Haverá desconto de 05 (cinco) pontos para cada tiro:
- efetuado após o tempo estipulado;
- excedente do total previsto para série;
- que atingir a cor não comandada no alvo colorido (Anexo... B);
- efetuar disparos em seqüência diversa da comandada no alvo colorido (Anexo... B).
e) Em caso de incidente de tiro (falha da arma e da munição) na verificação, o candidato executará novamente, após o final da série, os disparos relativos aos cartuchos não deflagrados, no mesmo tempo e posições correspondentes. Persistindo a falha, serão substituídos os cartuchos de forma que o candidato possa completar
o número de disparos previstos.
f) A contagem de pontos será feita pelo Instrutor de Armamento e Tiro da Polícia Federal, responsáveis pela aplicação da verificação, na do candidato, que somente poderá proceder a reclamação nesse momento, não podendo se ausentar até que seja colhida a sua assinatura na pauta;
g) Em caso de incidente de tiro (deixar de atirar), causado pelo candidato (posição incorreta da mão ou não acionamento da tecla do gatilho, etc), e comprovado pelo avaliador, a munição não disparada será recolhida;
h) Ao receber a munição para a verificação, o candidato deverá conferir o seu total, não podendo ser feita nenhuma reposição de cartuchos extraviados, cuja diferença seja constatada posteriormente.
2.3. VERIFICAÇÃO PRÁTICA (DESMONTAGEM E MONTAGEM)
A verificação constará de habilidade prática sobre desmontagem e montagem de revólver, pistola e espingarda, de calibre permitido, de fabricação nacional, definidas pela Comissão de Credenciamento de Instrutor de Armamento e Tiro da Polícia Federal, os quais serão informados aos candidatos em reunião prevista nas disposições finais deste anexo.
O candidato deverá realizar todo o processo de desmontagem e montagem de duas armas curtas e uma longa, com a seguinte pontuação e tempo:
Desmontagem:
- 2,0 (dois) pontos para o revólver, no tempo máximo de 2 (dois) minutos;
- 1,5 (um e meio) pontos para a pistola, no tempo máximo de 1 (um) minuto;
- 1,5 (um e meio) pontos para a espingarda, no tempo máximo de 1 (um) minutos.
Montagem:
- 2,0 (dois) pontos para o revólver, no tempo máximo de 2 (dois) minutos;
- 1,5 (um e meio) pontos para a pistola, no tempo máximo de 1 (um) minuto; e
- 1,5 (um e meio) pontos para a espingarda, no tempo máximo de 1 (um) minutos.
Será aprovado o candidato que obtiver nota igual ou superior a 7,0 (sete).
2.4. VERIFICAÇÃO ORAL
A verificação oral versará sobre o seguinte conteúdo:
a) Regras de segurança;
b) Munições;
c) Nomenclatura de peças;
d) Limpeza e conservação;
e) Carregamento, descarregamento e alimentação;
f) Sistema de funcionamento;
g) Conhecimento sobre a legislação que dispõe sobre o Registro e o Porte de Arma de Fogo; restrições e cuidados inerentes aos proprietários de armas, inclusive quanto ao Porte; sistemática de comercialização de arma de fogo e munição, e sobre o Sistema Nacional de Armas (SINARM);
h) Fundamentos do tiro;
i) Funcionalidade de peças;
j) Incidentes de tiro.
A verificação oral constará:
- de 05 (cinco) questões subjetivas, escolhidas por sorteio individual, dentre os conhecimentos acima especificados da letra “a” à letra “j”, atribuindo-se o valor máximo de 1,0 (um) ponto por questão.
O tempo máximo de resposta para cada questão será de 1 (um) minuto, observando-se os critérios de conteúdo, clareza, concisão.
- de 01 (uma) questão de desenvolvimento de seqüência de comandos, também sorteada de forma individual, dentre as previamente selecionadas e informadas na reunião de orientações.
O tempo máximo de resposta para esta questão será de 03 (três) minutos, observando-se os critérios de conteúdo, clareza, concisão, postura e entonação de voz.
Será aprovado o candidato que obtiver nota igual ou superior a 7,0 (sete) nas provas de conhecimento teórico, oral, de desmontagem e montagem de arma de fogo, e ter atingido o percentual mínimo previsto para as avaliações de tiro.
3. DISPOSIÇÕES DIVERSAS
3.1. Caberá ao SENARM-DPF dar conhecimento aos candidatos dos presentes critérios através de: sua página na Internet e nas unidades da Policia Federal nos estados, através de reunião dirigida por seus Instrutores de Armamento e Tiro, realizados em local pré-determinado, com os candidatos ao credenciamento, com antecedência mínima de 30 dias do previsto para aplicação dos testes. Haverá recolhimento de assinaturas dos participantes em lista de presença e ciência dos conteúdos da reunião.
3.2. A munição usada na verificação será por conta do candidato, que deverá entregá-la ao avaliador no ato da verificação para conferência, e ao receber de volta a referida munição, deverá conferir o seu total, não podendo ser feita à reposição de cartuchos extraviados ou cuja diferença seja constatada posteriormente.
3.3. A referida munição deverá ser original de fábrica, ou seja, não será permitido o uso de munições recarregadas pelo candidato.
3.4. A aplicação dos testes será de responsabilidade dos membros da Comissão Nacional de Credenciamento.
3.5. Dos resultados das verificações práticas não caberão recursos. As divergências serão solucionadas de imediato, na presença do candidato e dos Instrutores representantes da Comissão Nacional de Credenciamento.
3.6. Nas verificações práticas, após a divulgação do resultado, um avaliador fará a devida anotação, em formulário próprio, e os candidatos deverão conferir sua pontuação e assinar o documento.
3.7. Após o término da avaliação, a verificação escrita (caderno de questões) e a folha de questões da prova oral, ficarão sob a guarda da Comissão Nacional de Credenciamento, para posterior destruição. Serão mantidas no processo de credenciamento apenas as fichas de avaliação.
3.8. É proibida, nas provas práticas de tiro, a utilização de qualquer equipamento que facilite a execução dos disparos.
3.9. Os casos omissos serão dirimidos pelos representantes da Comissão Nacional de Credenciamento.
http://www.dpf.gov.br/servicos/armas/instrutores-de-armamento-e-tiro-credenciados/instrutores-armamento-tiro-credenciados
Fonte:
http://fenris1981.blogspot.com/2009/09/criterios-de-avaliacao-para-concessao.html
terça-feira, 2 de novembro de 2010
SABERES PARA O ENSINO POLICIAL
SABERES PARA O ENSINO POLICIAL
Aquele que exerce a docência, não pode deixar de ler, e principalmente observar os ensinamentos de Paulo Freire.
Em um de seus livros, ?Pedagogia da Autonomia - Saberes necessários à prática educativa?, várias são as exigências do ensinar. A docência não pode ser realizada de forma empírica. È verdade, que: ?quem ensina aprende ao ensinar e quem aprende ensina ao aprender.? Entretanto, é fundamental o que Paulo Freire descreve no primeiro capítulo do livro citado.
Como exerço a docência desde 1997, na disciplina de Uso da Arma de Fogo, em diversos cursos da Brigada Militar, de diferentes níveis, destaco com grande importância e proponho para discussão, o seguinte aspecto para o ensino policial:
?- Ensinar exige a corporificação das palavras pelo exemplo.?
O conhecimento do manejo da arma, as munições, os fundamentos do tiro, a balística e outros, pouco ou quase nada adiantarão se não forem conectados a um exemplo. Ou seja, todo este conhecimento deve ser aliado com a simulação ao atendimento de uma ocorrência policial, bem como realizar análise de ocorrências policiais já atendidas.
Nesta simulação de atendimento de ocorrência policial, além da utilização da arma de fogo, irá se abordar: a observação (visão periférica, abordagem pessoal, armas impróprias...), utilização de proteção (progressão no terreno utilizando as construções ou obstáculos naturais...) e por fim, a decisão do uso da arma de fogo, se necessário for.
Até o policial decidir na utilização da arma de fogo, passará por outras áreas do conhecimento (emprego da sua voz, defesa pessoal, utilização do bastão policial, emprego de munição química, emprego de munição menos letal, ...), até chegar na utilização da arma de fogo.
Há mais de quinze anos atrás, quando ingressei na Brigada Militar, a disciplina de uso da arma de fogo, tinha o enfoque para o tiro de precisão, e não para o tiro policial. Até a disciplina tinha outro nome, que era: Armamento e Tiro. Nas instruções de Armamento e Tiro, o principal era acertar no centro do alvo (círculos concêntricos onde o menor círculo tem a maior pontuação). Na disciplina de Armamento e Tiro, as simulações de atendimento de ocorrência, não existiam, sendo assim, as demais áreas de conhecimento que anteriormente citei, não conectavam-se entre si (multidisciplinariedade e transversalidade).
Hoje em dia, felizmente, a instrução de uso da arma de fogo, prevê em seu conteúdo programático, a decisão de tiro, que somente pode ser realizada através da simulação ao atendimento de ocorrência policial. Os alvos, agora figuras humanas, são atiráveis ou não. Ao corpo discente, além dos exemplos, lhe é proporcionado a proximidade com a realidade. Colabora também com isto, a recente aquisição de um simulador de tiro virtual, onde o aluno interage com uma situação que lhe é apresentada em um telão. Após, o próprio equipamento permite que seja realizada uma revisão do atendimento da ocorrência policial, inclusive demonstrando o local onde foram realizados os disparos de arma de fogo, caso seja necessário.
Neste breve comentário, a prática da teoria é inserida no contexto da realidade em que o futuro policial irá atuar. Na certeza de que todos nós, com diferentes saberes, podemos contribuir para a formação do policial, o que mais podemos fazer para ensinar, sensibilizar o aluno, de que o emprego da arma de fogo deve ser encarado como o último recurso a ser utilizado?
Abraços a todos, espero colaborações..........
José Carlos Pacheco Ferreira
Aquele que exerce a docência, não pode deixar de ler, e principalmente observar os ensinamentos de Paulo Freire.
Em um de seus livros, ?Pedagogia da Autonomia - Saberes necessários à prática educativa?, várias são as exigências do ensinar. A docência não pode ser realizada de forma empírica. È verdade, que: ?quem ensina aprende ao ensinar e quem aprende ensina ao aprender.? Entretanto, é fundamental o que Paulo Freire descreve no primeiro capítulo do livro citado.
Como exerço a docência desde 1997, na disciplina de Uso da Arma de Fogo, em diversos cursos da Brigada Militar, de diferentes níveis, destaco com grande importância e proponho para discussão, o seguinte aspecto para o ensino policial:
?- Ensinar exige a corporificação das palavras pelo exemplo.?
O conhecimento do manejo da arma, as munições, os fundamentos do tiro, a balística e outros, pouco ou quase nada adiantarão se não forem conectados a um exemplo. Ou seja, todo este conhecimento deve ser aliado com a simulação ao atendimento de uma ocorrência policial, bem como realizar análise de ocorrências policiais já atendidas.
Nesta simulação de atendimento de ocorrência policial, além da utilização da arma de fogo, irá se abordar: a observação (visão periférica, abordagem pessoal, armas impróprias...), utilização de proteção (progressão no terreno utilizando as construções ou obstáculos naturais...) e por fim, a decisão do uso da arma de fogo, se necessário for.
Até o policial decidir na utilização da arma de fogo, passará por outras áreas do conhecimento (emprego da sua voz, defesa pessoal, utilização do bastão policial, emprego de munição química, emprego de munição menos letal, ...), até chegar na utilização da arma de fogo.
Há mais de quinze anos atrás, quando ingressei na Brigada Militar, a disciplina de uso da arma de fogo, tinha o enfoque para o tiro de precisão, e não para o tiro policial. Até a disciplina tinha outro nome, que era: Armamento e Tiro. Nas instruções de Armamento e Tiro, o principal era acertar no centro do alvo (círculos concêntricos onde o menor círculo tem a maior pontuação). Na disciplina de Armamento e Tiro, as simulações de atendimento de ocorrência, não existiam, sendo assim, as demais áreas de conhecimento que anteriormente citei, não conectavam-se entre si (multidisciplinariedade e transversalidade).
Hoje em dia, felizmente, a instrução de uso da arma de fogo, prevê em seu conteúdo programático, a decisão de tiro, que somente pode ser realizada através da simulação ao atendimento de ocorrência policial. Os alvos, agora figuras humanas, são atiráveis ou não. Ao corpo discente, além dos exemplos, lhe é proporcionado a proximidade com a realidade. Colabora também com isto, a recente aquisição de um simulador de tiro virtual, onde o aluno interage com uma situação que lhe é apresentada em um telão. Após, o próprio equipamento permite que seja realizada uma revisão do atendimento da ocorrência policial, inclusive demonstrando o local onde foram realizados os disparos de arma de fogo, caso seja necessário.
Neste breve comentário, a prática da teoria é inserida no contexto da realidade em que o futuro policial irá atuar. Na certeza de que todos nós, com diferentes saberes, podemos contribuir para a formação do policial, o que mais podemos fazer para ensinar, sensibilizar o aluno, de que o emprego da arma de fogo deve ser encarado como o último recurso a ser utilizado?
Abraços a todos, espero colaborações..........
José Carlos Pacheco Ferreira
domingo, 31 de outubro de 2010
Importância do Treinamento de Tiro
Importância do Treinamento de Tiro
"Quando você não estiver bem treinado, treine de manhã, treine à tarde e treine à noite. Quando você estiver bem treinado, treine um pouco de manhã, um pouco à tarde e um pouco à noite. Nunca deixe de treinar", esse é o conselho que o Cap. PM Luís Fernando Tarifa Serpa, comandante da ESFAG - Escola de Formação e Aperfeiçoamento de Graduados da Polícia Militar do Estado de São Paulo dá a seus alunos. E basicamente é o que todos os instrutores de tiro recomendam. "Tiro é muito mais do que o próprio disparo é todo um procedimento de segurança que também envolve o disparo. Acho que o disparo é a última conseqüência de toda a situação. E realmente as pessoas que conhecem armas, não fazem uso delas a qualquer momento", continua Cap. Serpa que acaba de publicar o livro O Tiro de Sobrevivência e tem uma vasta experiência nesta área, tendo feito cursos de tiro nos Estados Unidos e em Israel.
Sobre a experiência no exterior, Cap. Serpa garante que o que diferencia aqueles cursos dos ministrados no Brasil é basicamente a quantidade de treinamento. E que treinar é, sim, muito importante. "Em determinada situação, eu posso precisar sacar uma arma em um segundo. Se sou bem treinado, saco em um segundo, se não sou bem treinado, vou sacar em três. Não se pode falar: em Israel vou sacar em um segundo senão eu morro, mas no Brasil posso sacar em três. Não existe esta relação. O que não se pode é fazer um treinamento em Israel e querer implantar tudo o que você viu, aqui".
Assim, no Brasil há vários excelentes cursos sendo ministrados, mas o que faz a diferença é o empenho do aluno em querer sempre aprender mais. Luiz Horta, o conhecido Tatai, por exemplo, atira desde os quatro anos de idade e já recebeu inúmeros prêmios em competições de todo o tipo em vários lugares do mundo. "Morei por um bom tempo no exterior (Alemanha e Estados Unidos) sempre a convite de academias; nunca tive que pagar um centavo sequer para ir ou permanecer nessas academias", declara Tatai que atualmente é dono da Gun Sight, escola de tiro que possui vários cursos, procurando atender à necessidade de cada aluno. A Gun Sight atende policiais, vigilantes, agentes de segurança, seguranças particulares e muitos amantes desse esporte que apesar de não usarem a arma no dia-a-dia, querem aprimorar suas técnicas.
Além de empenho, o aluno também deve ter disposição para aprender e deixar de lado os "vícios" que adquiriu com o passar do tempo. Segundo Tatai, a maioria das pessoas que dizem saber atirar, mesmo policiais e profissionais de segurança, não o sabem. Há várias instruções erradas que vão passando de pessoa para pessoa, perpetuando o erro. Tatai ainda é enfático ao dizer que mesmo instrutores (muitos deles), não sabem atirar bem e que em seu curso para alguém chegar a instrutor tem que ficar pelo menos um ano e meio aprendendo ao seu lado, até que todas as técnicas estejam incorporadas.
Aliás, a incorporação das técnicas é algo com que todos os especialistas concordam. Cel. EB Carlos Elberto Vella, que foi instrutor de tiro em todos os quartéis pelos quais passou e atualmente treina instrutores para escolas de formação de vigilantes e agentes de segurança, diz que o sacar, apontar e atirar devem ser atos reflexos, totalmente incorporados ao atirador. Desde que a decisão de atirar já foi tomada, todos esses atos devem ser praticados com a facilidade de um piscar de olhos. E para isso só com muito treino.
Alunos durante aula na Gun Sight Treino - Sim, ir para um estande de tiro e ficar efetuando disparos é uma boa forma de treinar. Mas não é a única. Cel. Vella aconselha seus alunos a efetuarem disparos a seco, com cartuchos vazios para não danificar o percussor da arma. Já Cap. Serpa tem um outro conceito de treinamento: "Eu acredito que treinamento de tiro não é só efetuar disparos. O treinamento é feito de procedimentos. Uma simples orientação, em sala de aula, do que o policial deve fazer com a arma, como ele deve portar-se na rua ou quando está no ônibus é treinamento de tiro. Porque tiro é treinar os procedimentos. Eu não chamo de regras de segurança, eu chamo de procedimentos de segurança. Porque não adianta apenas você não colocar o dedo no gatilho; se derrubar sua arma, ela também pode disparar e um acidente grave pode ocorrer". Já Tatai, emprega as duas formas de treinamento. No início, não são realizados disparos reais. Nesse momento são colocados os procedimentos de segurança incorporando-os junto com as técnicas de empunhadura, visada e puxada de gatilho. Só depois são colocadas as técnicas de saque onde também são empregados os procedimentos de segurança. Mas tudo a seco.
Avaliação - E como anda a situação de policiais e vigilantes? Como mencionado acima, Tatai garante que muitos profissionais não sabem atirar corretamente e adquiriram muitos vícios com o decorrer do tempo. Para ele, o que tem garantido a sobrevivência destes profissionais é que os bandidos também não sabem atirar. Tatai fala isso com a experiência de quem conhece de perto muitos destes profissionais e de quem dá aulas para equipes especializadas como o Gate - Grupo de Ações Táticas Especiais da Polícia Militar, onde mesmo lá, num grupo de elite, encontrou vários erros a serem corrigidos. Imaginem o restante que não é tão treinado quanto grupos como esse.
Mas Cap. Serpa não concorda. Para ele, o treinamento de tiro na Polícia Militar ainda não está 100% eficiente, mas ele, como instrutor de tiro, está muito contente. O treinamento está a caminho de se tornar bastante satisfatório. Atualmente, um soldado é obrigado a efetuar 450 disparos e à medida que vai fazendo outros cursos, mais tiros vão sendo efetuados. "É uma média muito boa, não é fantástica, mas é muito boa", considera Cap. Serpa que vê com maior cautela a condição dos vigilantes. "Cuidar de um prédio armado e ao mesmo tempo relacionar-se com pessoas é algo delicado. Quando a pessoa chega numa portaria de uma empresa, vai se aproximar o suficiente do vigilante para conversar bem perto. E se esta pessoa abre a bolsa e saca uma arma? É uma situação complicada, por isso que é necessário um treinamento constante. Eu acho que a reciclagem dos vigilantes que é feita a cada dois anos deveria ser realizada em um menor intervalo de tempo".
Apesar de considerar que o treinamento de vigilantes e profissionais de segurança está sendo bem feito, Cel. Vella também acha que dois anos é muito tempo para estes profissionais ficarem sem treinamento. "Se a pessoa não treinar constantemente, ela perde a destreza com as armas. E tiro a gente só aprende atirando. Então não adianta você ter aula hoje, dar 50 tiros, 100 tiros e passar um ano ou dois sem atirar, você perde a destreza. Porque quem porta o armamento para utilizar em casos de necessidade, tem que ter destreza, rapidez para sacar e atirar com precisão. Eu sempre prego a qualquer segurança, seja ela orgânica ou privada que tenha elementos armados, que faça um treinamento mensal. Que sejam 10, 15 tiros, mas tem que atirar porque senão não terão destreza no momento que mais precisarem. Porque sacar a arma e puxar o gatilho, qualquer um faz, agora ele tem que saber acertar, tem que ter precisão porque senão ele vai executar uma série de tiros e vai errar todos".
E Cel. Vella continua dizendo que o treinamento deve ser adequado, o mais próximo da realidade possível: "normalmente os alunos fazem um treinamento errado, vão para o estande, pegam a arma do coldre, sacam, atiram e se acham o máximo. Mas na hora em que eles estiverem, por exemplo, vestidos com o paletó e tiverem que sacar a arma de dentro da roupa, a coisa muda. Eu tenho visto alunos que foram fazer curso em Israel que na hora em que eu visto um paletó neles e eles vão sacar a arma, se enrolam todos e fazem a coisa totalmente errada".
Também pensando num treinamento mais próximo à realidade, Tatai desenvolveu a Clínica de Tiro Defensive Nível II que foca o deslocamento com armas de fogo. Sair atirando, deslocar-se com a arma no coldre, com a arma em punho, parar em posição de tiro e disparar em diversas posições e diversos tipos de corrida, basicamente todos os deslocamentos que um policial ou que uma pessoa que anda armada vai poder fazer com uma arma de fogo. Mais avançado que isso, é a Clínica de Tiro Proteção Vip Nível I, desenvolvida com a ajuda do mestre de hap-ki-dô, Alfredo Raspa, que visa o treinamento daquelas pessoas que querem trabalhar com proteção a dignitários. São ministrados giros de 180º que é o que o agente de segurança vai estar executando durante os seus deslocamentos.
Luiz Horta (Tatai), dono da Gun Sight Técnicas e Táticas Clínica de Tiro
"Além desta parte de tiros que ele vai aprender que são cinco métodos de giros diferentes com eslocamentos também bem diferentes e ainda parte de joelhos com giros, tem a defesa pessoal que engloba golpes de hap-ki-dô com a arma de fogo na mão. Ou seja, a pessoa vai estar com a arma de fogo na mão, mas não vai utilizá-la como arma de fogo, não vai atirar; vai utilizá-la apenas como ferramenta, como se fosse um bastão ou uma pedra. Os golpes são desenvolvidos para a pessoa utilizar a mão fraca - se o indivíduo é destro, a mão fraca é a esquerda - para desferi-los e a mão forte vai estar segurando a arma ou vai estar preparada para fazer, eventualmente, um saque e utilizar a arma de fogo, se houver necessidade. Foram desenvolvidos oito golpes para qualquer tipo de pessoa", explica Tatai que completa dizendo que os desenvolvimentos dos golpes foram feitos tendo como base uma pessoa que anda armada, mas que está mal preparada fisicamente. "Você pode perceber que boa parte dos policiais está gordinha e alguns vigilantes também não têm o perfil adequado para a função que exercem. Então a partir desse princípio, fazer mil e um rolamentos e cambalhotas que são dados por aí, via de regra, não existe. Porque ninguém de terno e gravata vai sair dando pulo, então as técnicas da Gun Sight são dadas para um confronto mais real".
Cidadãos comuns - Segundo os entrevistados, também é importante que o cidadão comum treine e saiba como manejar sua arma. Para eles, a lei que proíbe o porte de arma é um poderoso freio para o uso indiscriminado de armamento, mas que pode ser aprimorada. O que se defende é que haja uma maior racionalização e que se permita às pessoas realmente preparadas o porte de arma, pois se isto não for feito o cidadão estará cada vez mais à mercê de criminosos que não precisam desta autorização, afinal quando ele é preso, via de regra, o crime de porte de arma é menor do que os outros que ele cometeu. A verificação da boa condição técnica para portar armas pode ser feita em estandes montados no próprio Departamento de Polícia Científica da Polícia Civil, encarregado atualmente de emitir os portes de armas. Aliás, Dr. Marco Antônio Ribeiro de Campos, Delegado Titular da Divisão de Produtos Controlados desse departamento é totalmente a favor da criação destes estandes e já está trabalhando para realizá-los.
Cel. EB Carlos Elberto Vella.
"A maioria, talvez 80%, dos cidadãos que portam armas faz isso sem condições. O fato de não saber usar a arma não é só não saber atirar. Às vezes é não saber acomodar esta arma em casa, usar esta arma na rua ou como conduzi-la. A pessoa tem que estar consciente de que está armada, porque se ela estiver ‘desligada’, vai, facilmente, fornecer esta arma ao bandido porque vai ser assaltada e não vai estar preparada para reagir", considera Cap. Serpa. "Cuidar do armamento já é estar treinando procedimentos. Tirar o carregador da pistola, tirar a munição do carregador, fazer o teste de percussor na pistola, manusear a pistola, limpá-la, tirá-la do coldre (o coldre tem uma substância química chamada tanino, para o tingimento de couro, que influi no material da arma e com o tempo ajuda a deteriorá-la) já é estar treinando".
Em suma, o conselho dos instrutores é o mesmo: "Se tiver que usar arma, nunca deixe de treinar. Você conhece algum adulto que na hora que vai levar o garfo à boca, erra e fura o nariz ou o queixo? Não, porque desde criança ele fez este procedimento e o incorporou, então não tem como errar. Se você treina, então sabe o que fazer com a arma na mão". A frase é do Capitão Serpa, mas que certamente poderia ser dita por qualquer um dos entrevistados.
Lilian Ferracini
"Quando você não estiver bem treinado, treine de manhã, treine à tarde e treine à noite. Quando você estiver bem treinado, treine um pouco de manhã, um pouco à tarde e um pouco à noite. Nunca deixe de treinar", esse é o conselho que o Cap. PM Luís Fernando Tarifa Serpa, comandante da ESFAG - Escola de Formação e Aperfeiçoamento de Graduados da Polícia Militar do Estado de São Paulo dá a seus alunos. E basicamente é o que todos os instrutores de tiro recomendam. "Tiro é muito mais do que o próprio disparo é todo um procedimento de segurança que também envolve o disparo. Acho que o disparo é a última conseqüência de toda a situação. E realmente as pessoas que conhecem armas, não fazem uso delas a qualquer momento", continua Cap. Serpa que acaba de publicar o livro O Tiro de Sobrevivência e tem uma vasta experiência nesta área, tendo feito cursos de tiro nos Estados Unidos e em Israel.
Sobre a experiência no exterior, Cap. Serpa garante que o que diferencia aqueles cursos dos ministrados no Brasil é basicamente a quantidade de treinamento. E que treinar é, sim, muito importante. "Em determinada situação, eu posso precisar sacar uma arma em um segundo. Se sou bem treinado, saco em um segundo, se não sou bem treinado, vou sacar em três. Não se pode falar: em Israel vou sacar em um segundo senão eu morro, mas no Brasil posso sacar em três. Não existe esta relação. O que não se pode é fazer um treinamento em Israel e querer implantar tudo o que você viu, aqui".
Assim, no Brasil há vários excelentes cursos sendo ministrados, mas o que faz a diferença é o empenho do aluno em querer sempre aprender mais. Luiz Horta, o conhecido Tatai, por exemplo, atira desde os quatro anos de idade e já recebeu inúmeros prêmios em competições de todo o tipo em vários lugares do mundo. "Morei por um bom tempo no exterior (Alemanha e Estados Unidos) sempre a convite de academias; nunca tive que pagar um centavo sequer para ir ou permanecer nessas academias", declara Tatai que atualmente é dono da Gun Sight, escola de tiro que possui vários cursos, procurando atender à necessidade de cada aluno. A Gun Sight atende policiais, vigilantes, agentes de segurança, seguranças particulares e muitos amantes desse esporte que apesar de não usarem a arma no dia-a-dia, querem aprimorar suas técnicas.
Além de empenho, o aluno também deve ter disposição para aprender e deixar de lado os "vícios" que adquiriu com o passar do tempo. Segundo Tatai, a maioria das pessoas que dizem saber atirar, mesmo policiais e profissionais de segurança, não o sabem. Há várias instruções erradas que vão passando de pessoa para pessoa, perpetuando o erro. Tatai ainda é enfático ao dizer que mesmo instrutores (muitos deles), não sabem atirar bem e que em seu curso para alguém chegar a instrutor tem que ficar pelo menos um ano e meio aprendendo ao seu lado, até que todas as técnicas estejam incorporadas.
Aliás, a incorporação das técnicas é algo com que todos os especialistas concordam. Cel. EB Carlos Elberto Vella, que foi instrutor de tiro em todos os quartéis pelos quais passou e atualmente treina instrutores para escolas de formação de vigilantes e agentes de segurança, diz que o sacar, apontar e atirar devem ser atos reflexos, totalmente incorporados ao atirador. Desde que a decisão de atirar já foi tomada, todos esses atos devem ser praticados com a facilidade de um piscar de olhos. E para isso só com muito treino.
Alunos durante aula na Gun Sight Treino - Sim, ir para um estande de tiro e ficar efetuando disparos é uma boa forma de treinar. Mas não é a única. Cel. Vella aconselha seus alunos a efetuarem disparos a seco, com cartuchos vazios para não danificar o percussor da arma. Já Cap. Serpa tem um outro conceito de treinamento: "Eu acredito que treinamento de tiro não é só efetuar disparos. O treinamento é feito de procedimentos. Uma simples orientação, em sala de aula, do que o policial deve fazer com a arma, como ele deve portar-se na rua ou quando está no ônibus é treinamento de tiro. Porque tiro é treinar os procedimentos. Eu não chamo de regras de segurança, eu chamo de procedimentos de segurança. Porque não adianta apenas você não colocar o dedo no gatilho; se derrubar sua arma, ela também pode disparar e um acidente grave pode ocorrer". Já Tatai, emprega as duas formas de treinamento. No início, não são realizados disparos reais. Nesse momento são colocados os procedimentos de segurança incorporando-os junto com as técnicas de empunhadura, visada e puxada de gatilho. Só depois são colocadas as técnicas de saque onde também são empregados os procedimentos de segurança. Mas tudo a seco.
Avaliação - E como anda a situação de policiais e vigilantes? Como mencionado acima, Tatai garante que muitos profissionais não sabem atirar corretamente e adquiriram muitos vícios com o decorrer do tempo. Para ele, o que tem garantido a sobrevivência destes profissionais é que os bandidos também não sabem atirar. Tatai fala isso com a experiência de quem conhece de perto muitos destes profissionais e de quem dá aulas para equipes especializadas como o Gate - Grupo de Ações Táticas Especiais da Polícia Militar, onde mesmo lá, num grupo de elite, encontrou vários erros a serem corrigidos. Imaginem o restante que não é tão treinado quanto grupos como esse.
Mas Cap. Serpa não concorda. Para ele, o treinamento de tiro na Polícia Militar ainda não está 100% eficiente, mas ele, como instrutor de tiro, está muito contente. O treinamento está a caminho de se tornar bastante satisfatório. Atualmente, um soldado é obrigado a efetuar 450 disparos e à medida que vai fazendo outros cursos, mais tiros vão sendo efetuados. "É uma média muito boa, não é fantástica, mas é muito boa", considera Cap. Serpa que vê com maior cautela a condição dos vigilantes. "Cuidar de um prédio armado e ao mesmo tempo relacionar-se com pessoas é algo delicado. Quando a pessoa chega numa portaria de uma empresa, vai se aproximar o suficiente do vigilante para conversar bem perto. E se esta pessoa abre a bolsa e saca uma arma? É uma situação complicada, por isso que é necessário um treinamento constante. Eu acho que a reciclagem dos vigilantes que é feita a cada dois anos deveria ser realizada em um menor intervalo de tempo".
Apesar de considerar que o treinamento de vigilantes e profissionais de segurança está sendo bem feito, Cel. Vella também acha que dois anos é muito tempo para estes profissionais ficarem sem treinamento. "Se a pessoa não treinar constantemente, ela perde a destreza com as armas. E tiro a gente só aprende atirando. Então não adianta você ter aula hoje, dar 50 tiros, 100 tiros e passar um ano ou dois sem atirar, você perde a destreza. Porque quem porta o armamento para utilizar em casos de necessidade, tem que ter destreza, rapidez para sacar e atirar com precisão. Eu sempre prego a qualquer segurança, seja ela orgânica ou privada que tenha elementos armados, que faça um treinamento mensal. Que sejam 10, 15 tiros, mas tem que atirar porque senão não terão destreza no momento que mais precisarem. Porque sacar a arma e puxar o gatilho, qualquer um faz, agora ele tem que saber acertar, tem que ter precisão porque senão ele vai executar uma série de tiros e vai errar todos".
E Cel. Vella continua dizendo que o treinamento deve ser adequado, o mais próximo da realidade possível: "normalmente os alunos fazem um treinamento errado, vão para o estande, pegam a arma do coldre, sacam, atiram e se acham o máximo. Mas na hora em que eles estiverem, por exemplo, vestidos com o paletó e tiverem que sacar a arma de dentro da roupa, a coisa muda. Eu tenho visto alunos que foram fazer curso em Israel que na hora em que eu visto um paletó neles e eles vão sacar a arma, se enrolam todos e fazem a coisa totalmente errada".
Também pensando num treinamento mais próximo à realidade, Tatai desenvolveu a Clínica de Tiro Defensive Nível II que foca o deslocamento com armas de fogo. Sair atirando, deslocar-se com a arma no coldre, com a arma em punho, parar em posição de tiro e disparar em diversas posições e diversos tipos de corrida, basicamente todos os deslocamentos que um policial ou que uma pessoa que anda armada vai poder fazer com uma arma de fogo. Mais avançado que isso, é a Clínica de Tiro Proteção Vip Nível I, desenvolvida com a ajuda do mestre de hap-ki-dô, Alfredo Raspa, que visa o treinamento daquelas pessoas que querem trabalhar com proteção a dignitários. São ministrados giros de 180º que é o que o agente de segurança vai estar executando durante os seus deslocamentos.
Luiz Horta (Tatai), dono da Gun Sight Técnicas e Táticas Clínica de Tiro
"Além desta parte de tiros que ele vai aprender que são cinco métodos de giros diferentes com eslocamentos também bem diferentes e ainda parte de joelhos com giros, tem a defesa pessoal que engloba golpes de hap-ki-dô com a arma de fogo na mão. Ou seja, a pessoa vai estar com a arma de fogo na mão, mas não vai utilizá-la como arma de fogo, não vai atirar; vai utilizá-la apenas como ferramenta, como se fosse um bastão ou uma pedra. Os golpes são desenvolvidos para a pessoa utilizar a mão fraca - se o indivíduo é destro, a mão fraca é a esquerda - para desferi-los e a mão forte vai estar segurando a arma ou vai estar preparada para fazer, eventualmente, um saque e utilizar a arma de fogo, se houver necessidade. Foram desenvolvidos oito golpes para qualquer tipo de pessoa", explica Tatai que completa dizendo que os desenvolvimentos dos golpes foram feitos tendo como base uma pessoa que anda armada, mas que está mal preparada fisicamente. "Você pode perceber que boa parte dos policiais está gordinha e alguns vigilantes também não têm o perfil adequado para a função que exercem. Então a partir desse princípio, fazer mil e um rolamentos e cambalhotas que são dados por aí, via de regra, não existe. Porque ninguém de terno e gravata vai sair dando pulo, então as técnicas da Gun Sight são dadas para um confronto mais real".
Cidadãos comuns - Segundo os entrevistados, também é importante que o cidadão comum treine e saiba como manejar sua arma. Para eles, a lei que proíbe o porte de arma é um poderoso freio para o uso indiscriminado de armamento, mas que pode ser aprimorada. O que se defende é que haja uma maior racionalização e que se permita às pessoas realmente preparadas o porte de arma, pois se isto não for feito o cidadão estará cada vez mais à mercê de criminosos que não precisam desta autorização, afinal quando ele é preso, via de regra, o crime de porte de arma é menor do que os outros que ele cometeu. A verificação da boa condição técnica para portar armas pode ser feita em estandes montados no próprio Departamento de Polícia Científica da Polícia Civil, encarregado atualmente de emitir os portes de armas. Aliás, Dr. Marco Antônio Ribeiro de Campos, Delegado Titular da Divisão de Produtos Controlados desse departamento é totalmente a favor da criação destes estandes e já está trabalhando para realizá-los.
Cel. EB Carlos Elberto Vella.
"A maioria, talvez 80%, dos cidadãos que portam armas faz isso sem condições. O fato de não saber usar a arma não é só não saber atirar. Às vezes é não saber acomodar esta arma em casa, usar esta arma na rua ou como conduzi-la. A pessoa tem que estar consciente de que está armada, porque se ela estiver ‘desligada’, vai, facilmente, fornecer esta arma ao bandido porque vai ser assaltada e não vai estar preparada para reagir", considera Cap. Serpa. "Cuidar do armamento já é estar treinando procedimentos. Tirar o carregador da pistola, tirar a munição do carregador, fazer o teste de percussor na pistola, manusear a pistola, limpá-la, tirá-la do coldre (o coldre tem uma substância química chamada tanino, para o tingimento de couro, que influi no material da arma e com o tempo ajuda a deteriorá-la) já é estar treinando".
Em suma, o conselho dos instrutores é o mesmo: "Se tiver que usar arma, nunca deixe de treinar. Você conhece algum adulto que na hora que vai levar o garfo à boca, erra e fura o nariz ou o queixo? Não, porque desde criança ele fez este procedimento e o incorporou, então não tem como errar. Se você treina, então sabe o que fazer com a arma na mão". A frase é do Capitão Serpa, mas que certamente poderia ser dita por qualquer um dos entrevistados.
Lilian Ferracini
quinta-feira, 21 de outubro de 2010
curso 'Gestão de Riscos e de Desastres:
Estão abertas as inscrições para o curso 'Gestão de Riscos e de Desastres: Contribuições da Psicologia', promovido pela Secretaria Nacional de Defesa Civil (SEDEC) em parceria com o Centro Universitário de Estudos e Pesquisas sobre Desastres, da Universidade Federal de Santa Catarina (CEPED UFSC). Realizado em modalidade Educação à Distância, o curso é gratuito e oferece 1.500 vagas a psicólogos, agentes da defesa civil e áreas afins, estudantes de psicologia e profissionais de áreas correlatas à psicologia de desastres.
A iniciativa se propõe a incitar o debate sobre os temas subjetivos e humanos relacionados à ocorrência de desastres, buscando estudar conceitos, práticas e qualificar a atuação de profissionais da psicologia na construção da resiliência comunitária. É objetivo, também, divulgar e debater a Política Nacional de Defesa Civil e discutir as diversas abordagens possíveis na reconstrução psicológica de uma comunidade.
Dividido em cinco unidades - 1) Psicologia no Sistema Nacional de Defesa Civil: para uma construção integrada de políticas públicas de proteção; 2) Psicologia e compromisso social: o horizonte ético da Psicologia na gestão de riscos e de desastres; 3) Psicologia na gestão integrada de riscos de desastres: ações de prevenção e preparação; 4) Saúde mental e contribuições da Psicologia na fase da resposta; e 5) Assistência humanitária e direitos humanos - o curso ocorrerá entre os dias 05 de novembro e 22 de dezembro. Tem duração de 60 horas, e a participação dá direito a certificado pela UFSC. O aluno receberá um livro-texto além de contar com o Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA) e tutoria.
Interessados devem se inscrever pelo site do CEPED UFSC - http://www.ceped.ufsc.br/, pelo site da SEDEC - www.defesacivil.gov.br - ou ainda pelo link http://150.162.114.7/Psicologia/. O curso tem a execução da Associação Cultural Cabeça ao Vento. Mais informações podem ser obtidas pelo email informacao@eadceped-ufsc.com ou pelo telefone (48) 3226 1704.
A iniciativa se propõe a incitar o debate sobre os temas subjetivos e humanos relacionados à ocorrência de desastres, buscando estudar conceitos, práticas e qualificar a atuação de profissionais da psicologia na construção da resiliência comunitária. É objetivo, também, divulgar e debater a Política Nacional de Defesa Civil e discutir as diversas abordagens possíveis na reconstrução psicológica de uma comunidade.
Dividido em cinco unidades - 1) Psicologia no Sistema Nacional de Defesa Civil: para uma construção integrada de políticas públicas de proteção; 2) Psicologia e compromisso social: o horizonte ético da Psicologia na gestão de riscos e de desastres; 3) Psicologia na gestão integrada de riscos de desastres: ações de prevenção e preparação; 4) Saúde mental e contribuições da Psicologia na fase da resposta; e 5) Assistência humanitária e direitos humanos - o curso ocorrerá entre os dias 05 de novembro e 22 de dezembro. Tem duração de 60 horas, e a participação dá direito a certificado pela UFSC. O aluno receberá um livro-texto além de contar com o Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA) e tutoria.
Interessados devem se inscrever pelo site do CEPED UFSC - http://www.ceped.ufsc.br/, pelo site da SEDEC - www.defesacivil.gov.br - ou ainda pelo link http://150.162.114.7/Psicologia/. O curso tem a execução da Associação Cultural Cabeça ao Vento. Mais informações podem ser obtidas pelo email informacao@eadceped-ufsc.com ou pelo telefone (48) 3226 1704.
Lançamento do livro S.O.S. Segurança Pública
Atualmente muito se tem discutido sobre segurança pública. É fato que cada vez mais debatemos sobre o tema e mais ainda sentimos os efeitos das ações ineficazes. O filme Tropa de Elite fez com que o assunto se estendesse às diversas camadas da sociedade. Segurança Pública virou o assunto da moda, seja no boteco da esquina ou no auditório de uma universidade. Todos criticam e – algumas vezes – propõem soluções.
Com o sucesso de Tropa de Elite 2, a pauta novamente encabeça a lista dos assuntos corriqueiros. Momento mais que oportuno para lançamento de obras relacionadas, como estão fazendo os autores de Elite da Tropa 2. Que vai na carona do filme e do seu antecessor bem sucedido, Elite da Tropa.
No entanto, não é sobre eles que escrevo agora. Atendendo um pedido por email, faço essa postagem para divulgar o lançamento do livro S.O.S. Segurança Pública: soluções práticas para questões emergentes, cujos autores são Alaor Antonio Bittencourt* e Jadir Vieira, que ocorrerá no dia 23 de outubro em Santa Catarina.
O livro é bom? Ainda não tive a oportunidade de ler, mas por se tratar de um tema tão complexo e devido às qualificações mencionadas* por um dos autores é provável que possua conteúdo de relevância. Afinal, quem melhor para falar sobre polícia e segurança pública do que os próprios agentes?
Ficou curioso? Então acesse http://www.sossegurancapublica.com.br e veja como adquirir seu exemplar.
*Psicólogo e Especialista em Gestão de Polícia Comunitária, com vários cursos e treinamentos na área de Segurança Pública. Policial Militar há 15 anos, freqüentou o Curso de Formação de Soldados, Curso de Formação de Sargentos e Curso de Aperfeiçoamento de Sargentos. Promovido por Ato de Bravura a 1º Sargento em 2007. Na função de sargento há 13 anos foi responsável pelo Gerenciamento do Serviço Operacional de Viaturas Ostensivas Urbanas, pelo Gerenciamento de Recursos Humanos de Companhia PM, por palestra sobre o tema Trânsito nas Escolas, pelo Gerenciamento de Operações de Trânsito (Blitz); com grande experiência na preservação da ordem pública e nas atividades de Polícia Ostensiva. Foi Diretor de Imprensa da Associação de Praças Policiais e Bombeiros Militares de SC – APRASC com artigos publicados no jornal da associação.
Com o sucesso de Tropa de Elite 2, a pauta novamente encabeça a lista dos assuntos corriqueiros. Momento mais que oportuno para lançamento de obras relacionadas, como estão fazendo os autores de Elite da Tropa 2. Que vai na carona do filme e do seu antecessor bem sucedido, Elite da Tropa.
No entanto, não é sobre eles que escrevo agora. Atendendo um pedido por email, faço essa postagem para divulgar o lançamento do livro S.O.S. Segurança Pública: soluções práticas para questões emergentes, cujos autores são Alaor Antonio Bittencourt* e Jadir Vieira, que ocorrerá no dia 23 de outubro em Santa Catarina.
O livro é bom? Ainda não tive a oportunidade de ler, mas por se tratar de um tema tão complexo e devido às qualificações mencionadas* por um dos autores é provável que possua conteúdo de relevância. Afinal, quem melhor para falar sobre polícia e segurança pública do que os próprios agentes?
Ficou curioso? Então acesse http://www.sossegurancapublica.com.br e veja como adquirir seu exemplar.
*Psicólogo e Especialista em Gestão de Polícia Comunitária, com vários cursos e treinamentos na área de Segurança Pública. Policial Militar há 15 anos, freqüentou o Curso de Formação de Soldados, Curso de Formação de Sargentos e Curso de Aperfeiçoamento de Sargentos. Promovido por Ato de Bravura a 1º Sargento em 2007. Na função de sargento há 13 anos foi responsável pelo Gerenciamento do Serviço Operacional de Viaturas Ostensivas Urbanas, pelo Gerenciamento de Recursos Humanos de Companhia PM, por palestra sobre o tema Trânsito nas Escolas, pelo Gerenciamento de Operações de Trânsito (Blitz); com grande experiência na preservação da ordem pública e nas atividades de Polícia Ostensiva. Foi Diretor de Imprensa da Associação de Praças Policiais e Bombeiros Militares de SC – APRASC com artigos publicados no jornal da associação.
GCM/ PR já se prepara para copa
GCM/ PR já se prepara para copa e olimp.já aqui...
Guarda Municipal já pode operar com munição não-letal
Em mais um passo na preparação de Curitiba para receber jogos da Copa do Mundo de 2014, 50 guardas municipais concluíram nesta segunda-feira (18) o curso de capacitação para uso de arma – calibre 12 – com munição não-letal.
Este tipo de armamento é recomendado justamente para controle de grandes aglomerações, que podem acabar em tumultos, caso dos estádios de futebol.
Cumprindo as exigências do estatuto do desarmamento, os guardas cumpriram a carga de 60 horas de treinamento. O curso é resultado de parceria entre a Secretaria Municipal de Defesa Social e 5.º Parque de Regional de Manutenção do Exército.
“Todos os guardas que fizeram o curso estão aptos para utilizar o equipamento. O armamento que foi adquirido pela Prefeitura é de primeira linha. É uma evolução que traz ainda mais segurança para a população”, afirmou o segundo tenente Lemes, que coordenou o curso.
Os guardas que participaram do treinamento garantem que o novo armamento será fundamental também nas ações do dia-a-dia, já que os criminosos estão cada vez mais preparados. “Com o aumento da criminalidade, nós já vínhamos reivindicando acesso a este tipo de armamento. Os criminosos estão usando armas cada vez mais pesadas e precisamos estar preparados. A espingarda calibre 12 é de fácil manejo e tem grande poder de ação”, disse o supervisor Dalla Villa.
O inspetor Wagnelson garante que a ideia inicial é não usar as armas. “A presença deste armamento já impõe respeito. Só será usado em situação de extrema necessidade. Sem dúvida será fundamental no nosso trabalho nos dias de jogos de futebol, quando cuidamos do transporte coletivo e dos terminais de ônibus”, afirmou.
Guarda Municipal já pode operar com munição não-letal
Em mais um passo na preparação de Curitiba para receber jogos da Copa do Mundo de 2014, 50 guardas municipais concluíram nesta segunda-feira (18) o curso de capacitação para uso de arma – calibre 12 – com munição não-letal.
Este tipo de armamento é recomendado justamente para controle de grandes aglomerações, que podem acabar em tumultos, caso dos estádios de futebol.
Cumprindo as exigências do estatuto do desarmamento, os guardas cumpriram a carga de 60 horas de treinamento. O curso é resultado de parceria entre a Secretaria Municipal de Defesa Social e 5.º Parque de Regional de Manutenção do Exército.
“Todos os guardas que fizeram o curso estão aptos para utilizar o equipamento. O armamento que foi adquirido pela Prefeitura é de primeira linha. É uma evolução que traz ainda mais segurança para a população”, afirmou o segundo tenente Lemes, que coordenou o curso.
Os guardas que participaram do treinamento garantem que o novo armamento será fundamental também nas ações do dia-a-dia, já que os criminosos estão cada vez mais preparados. “Com o aumento da criminalidade, nós já vínhamos reivindicando acesso a este tipo de armamento. Os criminosos estão usando armas cada vez mais pesadas e precisamos estar preparados. A espingarda calibre 12 é de fácil manejo e tem grande poder de ação”, disse o supervisor Dalla Villa.
O inspetor Wagnelson garante que a ideia inicial é não usar as armas. “A presença deste armamento já impõe respeito. Só será usado em situação de extrema necessidade. Sem dúvida será fundamental no nosso trabalho nos dias de jogos de futebol, quando cuidamos do transporte coletivo e dos terminais de ônibus”, afirmou.
Rapel é parte de treinamento de guardas municipais de Curitiba
Rapel é parte de treinamento de guardas municipais de Curitiba
Data: 17/10/2010 / Fonte: G1
Foto: Valdecir Galor/SMCS
Curitiba/PR - Guardas municipais tiveram de descer um paredão de 45 metros, ao lado da cachoeira do Parque Tanguá, em Curitiba. A atividade, realizada na sexta-feira, 15, é parte de curso para atendimento em incidentes que é organizado pela Defesa Civil.
De acordo com a Defesa Civil, as técnicas passadas aos guardas municipais já fazem parte dos treinamentos previstos para a Copa de 2014.
No total, 150 guardas municipais participaram deste curso. Além da prática de rapel, os guardas receberam noções de combate a incêndios florestais, socorros de urgência e salvamento aquático. Na próxima semana, o treinamento prático será feito com botes.
Data: 17/10/2010 / Fonte: G1
Foto: Valdecir Galor/SMCS
Curitiba/PR - Guardas municipais tiveram de descer um paredão de 45 metros, ao lado da cachoeira do Parque Tanguá, em Curitiba. A atividade, realizada na sexta-feira, 15, é parte de curso para atendimento em incidentes que é organizado pela Defesa Civil.
De acordo com a Defesa Civil, as técnicas passadas aos guardas municipais já fazem parte dos treinamentos previstos para a Copa de 2014.
No total, 150 guardas municipais participaram deste curso. Além da prática de rapel, os guardas receberam noções de combate a incêndios florestais, socorros de urgência e salvamento aquático. Na próxima semana, o treinamento prático será feito com botes.
PÓS - GRADUAÇÃO PARA GCM
PÓS - GRADUAÇÃO PARA GCM
1º ESPECIALIZAÇÃO DO BRASIL
EM GUARDAS MUNICIPAIS
“Liderança e Comando de Guardas Municipais”
Formação de turma para inicio das aulas em NOVEMBRO/2010
Observações:
* Aulas 2 vezes ao mês
* Calendário de aulas disponível no site.
POLO PRESENCIAL
Av. Rio de Janeiro, 327 São Bernardo Campinas / SP
(próximo ao Hospital Mario Gatti)
Estacionamento fechado com segurança 24 horas.
(19) 3014-9506
www.merituseducacional.com.br
contato@merituseducacional.com.br
1º ESPECIALIZAÇÃO DO BRASIL
EM GUARDAS MUNICIPAIS
“Liderança e Comando de Guardas Municipais”
Formação de turma para inicio das aulas em NOVEMBRO/2010
Observações:
* Aulas 2 vezes ao mês
* Calendário de aulas disponível no site.
POLO PRESENCIAL
Av. Rio de Janeiro, 327 São Bernardo Campinas / SP
(próximo ao Hospital Mario Gatti)
Estacionamento fechado com segurança 24 horas.
(19) 3014-9506
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FORMAÇÃO DE INSTRUTOR DE ARMAMENTO E TIRO
CURSO BÁSICO DE FORMAÇÃO DE INSTRUTOR DE ARMAMENTO E TIRO
OBJETIVO: Dar conhecimentos básicos sobre instrução de tiro, metodologia e tipos de instruções, preparar o aluno para realizar a prova de credenciamento da PF.
PROGRAMAÇÃO:
1. REGRAS DE SEGURANÇA;
2. ARMAMENTO;
3. TECNICAS DE ENSINO;
4. TECNICAS DE TIRO;
5. COMO MINISTRAR AULAS E INSTRUÇÕES DE TIRO;
7. CONDUTA DO INSTRUTOR NA LINHA DE TIRO;
6. PREPARAÇÃO PARA O CREDENCIAMENTO NA PF
HORARIO E DATA : 08h as 20h
Duração 4 dias : 29 e 30/out , 01 e 02/11/2010.
Turma de alunos: máximo de 15 alunos
INCLUIDO NO CURSO;
Certificado;
Material didático ( APOSTILA);
Brevê;
100 tiros. (CAL 22)
Obs: O aluno deverá trazer 100 munições (50 cal 38 e 50 cal 380)
Contato: Siderley – (11) 8262-5638
siderleyandrade@yahoo.com.br http://siderleyandrade.blogspot.com/
Contatos e informações:
http://seggeral.webnode.pt
http://seggeral.blogspot.com
seg.pessoal@gmail.com
tel. 65131504
OBJETIVO: Dar conhecimentos básicos sobre instrução de tiro, metodologia e tipos de instruções, preparar o aluno para realizar a prova de credenciamento da PF.
PROGRAMAÇÃO:
1. REGRAS DE SEGURANÇA;
2. ARMAMENTO;
3. TECNICAS DE ENSINO;
4. TECNICAS DE TIRO;
5. COMO MINISTRAR AULAS E INSTRUÇÕES DE TIRO;
7. CONDUTA DO INSTRUTOR NA LINHA DE TIRO;
6. PREPARAÇÃO PARA O CREDENCIAMENTO NA PF
HORARIO E DATA : 08h as 20h
Duração 4 dias : 29 e 30/out , 01 e 02/11/2010.
Turma de alunos: máximo de 15 alunos
INCLUIDO NO CURSO;
Certificado;
Material didático ( APOSTILA);
Brevê;
100 tiros. (CAL 22)
Obs: O aluno deverá trazer 100 munições (50 cal 38 e 50 cal 380)
Contato: Siderley – (11) 8262-5638
siderleyandrade@yahoo.com.br http://siderleyandrade.blogspot.com/
Contatos e informações:
http://seggeral.webnode.pt
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